06 de fevereiro, de 2010 | 17:15

Restam poucos pacotes para o carnaval

Agências de turismo registram um aumento de até 50% nas vendas

IPATINGA – Quem deseja viajar no carnaval e ainda não providenciou o pacote turístico deve correr. Em algumas agências da região ainda restam algumas opções de viagem. É o caso da Master Turismo, no Horto. Conforme a gerente Juny Coelho, a empresa ainda dispõe de pacotes aéreos para Salvador e alguns rodoviários para o destino mais procurado pelos ipatinguenses: Porto Seguro, na Bahia.
Entra ano e sai ano, o local ainda é o preferido pelos moradores da região, revela Juny. “É o pacote que apresenta mais facilidades. A pessoa não precisa, por exemplo, se deslocar para Belo Horizonte para embarcar. Sem contar que tem praias muito bonitas e conta com muitas atrações”, explica.
Conforme a gerente, as vendas, neste ano, superarem muito as do ano passado. “2009 foi um ano de crise. Por isso as pessoas viajaram menos. Neste ano, a procura está 50% maior aqui na agência. O mês de janeiro, normalmente, é mais parado porque as pessoas fecham os pacotes em dezembro, mas neste ano apresentou grande procura”, informou.
Na agência Aeroway Viagens e Turismo, localizada no Centro de Ipatinga, as vendas deste ano também surpreenderam. A agente de viagens Welida Ferreira observa que o período é sempre de ótimas vendas, mas que neste ano as pessoas estão viajando mais. Prova disso é que, na agência, já não restam mais pacotes para curtir a folia de Momo. “Em janeiro, esgotaram-se todas as opções de viagem. A grande maioria das pessoas optou por Porto Seguro”, informou.
Preços
Na Aeroway Viagens e Turismo, pacotes rodoviários para Porto Seguro podiam ser encontrados por até R$600, no último mês. Os que restam na Master Turismo podem ser adquiridos por valores a partir de R$800. Quem deseja ir para Salvador de avião terá que desembolsar cerca de R$3.900. Juny Coelho lembra que, no período do carnaval, os preços dos pacotes sobem muito. Fora de temporada, é possível pagar menos de R$400 por um pacote de oito dias para Porto Seguro, e cerca de R$1.400 por uma viagem aérea de mesma duração para Salvador.
Procon alerta para cuidados
Com a aproximação do carnaval, muitas pessoas se deixam levar pelas tentações de viajar e se esquecem de tomar algumas precauções. Para evitar qualquer tipo de frustração durante os quatro dias de folia, a Coordenadoria de Defesa do Consumidor de Coronel Fabriciano (Codecon) dá algumas dicas ao consumidor. “É importante ficar atento ao que o pacote oferece. Verificar qual a categoria do hotel, os passeios inclusos e se a companhia de viagem é idônea no mercado”, adverte o responsável pelo órgão, Celso Barbosa.
Outra dica é pesquisar e desconfiar dos pacotes baratos para evitar transtornos. “É comum o consumidor comprar uma viagem que só existe no papel ou publicidade. Por conta disso, é fundamental que o consumidor guarde o folder que serviu de pesquisa, pois todas as informações do passeio devem estar nele. É a forma que a pessoa tem pra fazer valer o seu direito”, explica.
Ainda conforme Celso, após o contrato assinado a agência deve fornecer a documentação completa do passeio, especificando o dia da entrada e saída do hotel (vouchers), além de fornecer todos os recibos pagos pelo cliente. Caso a viagem seja cancelada pela empresa, ele receberá todos os valores corrigidos monetariamente. Se houver desistência do cliente, ele deverá pagar uma multa, cujo valor depende da proximidade da viagem. Este valor, porém, não pode ser abusivo.

Pessoas físicas
Celso lembra ainda que, nesta época do ano, ocorrem muitos problemas com pacotes oferecidos por pessoas físicas. Para não “embarcar em uma furada”, é preciso que o consumidor tome muito cuidado. “É comum, após o carnaval, consumidores procurarem o Procon para relatar má prestação de serviços ou diferenças em relação ao que foi combinado. Há casos em que o acordo falava em uma distância de 500m entre o local de hospedagem e a praia, mas, na realidade, a distância era de 5km. Há ainda reclamações de pessoas que tiveram que dormir em uma barraca no terraço do imóvel ou que não conseguiram embarcar, por falta de vaga no ônibus”, informou Celso.
De acordo com ele, é fundamental buscar referências sobre a pessoa que está oferecendo o serviço, checar se nos últimos anos o serviço foi prestado com qualidade e guardar o folder de propaganda. No caso de ser surpreendido com situações como as relatadas por Barbosa, o consumidor deve ainda juntar provas do fato, para depois buscar os seus direitos.