23 de março, de 2010 | 21:51

Operadora explica pane

Prestação de serviços da Oi celular e internet permaneceu instável na terça-feira

IPATINGA – A prestação de serviços de internet, telefonia fixa e móvel pela operadora Oi transformou-se num pesadelo para os clientes em Ipatinga. Mal a assessoria da operadora informou a causa do problema e anunciou o restabelecimento dos serviços, a Velox apresentou nova falha. As queixas de clientes partiram, principalmente, dos bairros Iguaçu, Veneza I e Centro.
A interrupção do fornecimento de internet foi detectada na segunda-feira (22), por volta das 18h45, no bairro Iguaçu. Ontem (23) pela manhã, no bairro Cariru, não era possível manter uma ligação realizada por telefone móvel a partir das 10h30. Mais tarde, por volta das 13h30, foi a vez de a telefonia fixa falhar. As interrupções na prestação de serviços telefônicos tornaram-se intermitentes ao longo da tarde.
A Oi atribuiu a responsabilidade dos problemas causados no final de semana ao rompimento de um cabo de fibra ótica na BR-381, entre João Monlevade e Ipatinga, “causado por obras de terceiros”, informou, laconicamente. A reportagem do DIÁRIO DO AÇO entrou em contato com a Companhia de Gás de Minas Gerais (Gasmig), responsável pela construção de um gasoduto entre os municípios de Ouro Branco e Belo Oriente, e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), que ocasionalmente efetuam obras ao longo da Rodovia da Morte.
Por causa da instabilidade dos serviços telefônicos, a reportagem do DIÁRIO DO AÇO não conseguiu entrar em contato com a assessoria de comunicação do Dnit. Pelo telefone fixo, quando era possível digitar todos os números para Belo Horizonte, o aparelho ficava mudo e, alguns segundos depois, a ligação caía.
Com o auxílio de serviços de internet banda larga de outra operadora, o DIÁRIO DO AÇO conseguiu receber da Gasmig, por e-mail, a informação de que a empresa não é responsável pelo rompimento de cabos de fibra ótica da Oi. “Após checagem em todas as frentes de obras do gasoduto no Lote 3 (João Monlevade-Ipatinga), o coordenador do trecho, Eduardo Luiz Batista Soares, apurou que não há nenhuma responsabilidade da Gasmig no rompimento de cabos da operadora de telefonia Oi”, enfatizou a assessoria da Gasmig.

Explosivos
No bairro Iguaçu, uma lan house fechou as portas por causa da interrupção dos serviços da Velox. A proprietária da loja vizinha disse que não é a primeira vez que o estabelecimento lacra as portas por falta de conexão. Na tarde de ontem (23), o proprietário afixou um cartaz na porta com o aviso de que a própria Oi informara que a Velox passava por manutenção na cidade, justificativa diferente da fornecida pela assessoria da empresa ao DIÁRIO DO AÇO.
Através de e-mail, a Oi informou que “a detonação de explosivos numa obra civil sob a responsabilidade de terceiros danificou cabos de fibra ótica da companhia que passam às margens da BR-381, afetando na manhã desta terça-feira (23/3) os serviços de voz e comunicação de dados para clientes de Ipatinga”. A Oi afirmou ainda que os serviços foram normalizados no início da tarde de terça, o que não foi constatado em enquete pelas ruas.
ENQUETE:
Você teve problemas com a Oi  recentemente?
César Nogueira dos Santos, ambulante
“No final de semana, algumas pessoas reclamaram que não conseguiram falar comigo pelo celular. Há um mês, fui eu que não consegui fazer chamadas. Mas já me acostumei com isso.”

Maria de Lourdes Alves, comerciante
“Ouvi algumas pessoas reclamarem de problemas com o telefone fixo e com a Velox. Tenho celular da Oi, mas não notei nenhuma dificuldade para receber e realizar chamadas.”

Átila Neves Rosa, farmacêutico
“Precisei de internet nesta terça-feira e não consegui em nenhum lugar no Iguaçu. Passei em lojas de conhecidos e até numa lan house, mas ninguém tinha internet no bairro.”

Valéria Sakihama, comerciante
“Preciso fazer contato com fornecedores e não consigo fazer isso por telefone fixo, celular nem internet. Posso ter prejuízos se a situação persistir e meus estoques baixarem.”