20 de novembro, de 2010 | 23:00

Ganho ambiental com a reforma da Coqueria 2

Usiminas tem até 2013 para reconstruir a poluidora Conqueria 2 e desativar a Coqueria 1

IPATINGA - Pelo menos se depender de um Termo de Ajustamento de Conduta, firmado entre a Usiminas e o Ministério Público, o ar de Ipatinga deverá apresentar melhoras significativas até 2013.
A Usiminas confirma que a entrada em operação da nova coqueria é o primeiro passo para a autossuficiência em coque na usina de Ipatinga. Até 2013 a Coqueria 2 terá sido reformada, elevando a capacidade total de produção de coque na usina para aproximadamente 1,9 milhão de toneladas - 250 mil toneladas a mais do que a capacidade atual.
Quando as coquerias 2 e 3 estiverem em plena operação, a coqueria 1 - que está no fim da sua vida útil e opera desde a fundação da usina - será desativada.

O superintendente de Meio Ambiente da Usiminas, Pedro Luis, afirma que os parâmetros adotados para a reforma da Coqueria 2, já iniciada com a paralisação da bateria 3, são similares aos adotados na Coqueria 3. “Já se percebe algum ganho na qualidade do ar com a parada parcial do equipamento”, admite.

Entre as mudanças a reconstrução da Coqueria 2 empregará nova tecnologia para a limpeza de portas, do sistema de carregamento e na torre de extinção. “São sistemas que no passado funcionavam com outros parâmetros. Note que a torre de extinção da nova coqueria é muito mais alta do que as antigas, exatamente para permitir uma maior retenção de material particulado. Se uma torre antiga emitia 90 miligramas, na torre nova a especificação é 50”, detalha.

Quanto à fumaça preta emitida nas chaminés antigas, ausente nas chaminés novas, Pedro Luis explica que resultam de fissuras entre o forno de coque e o forno de combustão, o que provoca a migração de gases de um lado para outro e gera a fumaça. “Fazemos medidas corretivas, com solda cerâmica, mas a solução mesmo virá com a reforma”, concluiu o superintendente.

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