12 de julho, de 2011 | 00:00

Saúde amplia idade para Papanicolau

GRS de Fabriciano realizou 16.075 exames nos cinco primeiros meses do ano

DA REDAÇÃO - A idade para as mulheres se submeterem ao Papanicolau, exame preventivo que detecta o câncer do colo do útero, foi estendida de 59 para 64 anos. A ampliação segue as novas diretrizes nacionais para o rastreamento do câncer, lançadas nesta semana pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca). Em Minas Gerais, dados do Programa Viva Mulher, da Secretaria de Estado de Saúde, mostram que, nos cinco primeiros meses deste ano, os municípios pertencentes à Superintendência Regional de Saúde de Coronel Fabriciano realizaram 16.075 exames, na faixa etária de 25 a 59 anos.
De acordo com o coordenador estadual do Programa Viva Mulher, Sérgio Bicalho, a importância de se ampliar a faixa etária se deve ao fato de uma mudança no comportamento sexual das mulheres acima de 50 anos e à maior longevidade da mulher brasileira. “As mulheres estão vivendo mais e mantendo vida sexual ativa. Por isso mesmo, devem continuar realizando os seus exames de prevenção. As novas diretrizes recomendam que o intervalo entre os exames deva ser de três anos, após dois exames negativos, com intervalo anual”, avalia.
A coleta de material deve ser feita a partir dos 25 anos de idade. Agora, os exames preventivos devem seguir até os 64 anos e serem interrompidos quando, após essa idade, as mulheres tiverem pelo menos dois exames negativos consecutivos, nos últimos cinco anos. No caso das mulheres, com mais de 64 anos e que nunca realizaram o exame, devem ser feitos dois preventivos com intervalo de um a três anos. Se os dois resultados forem negativos, essas mulheres poderão ser dispensadas de exames adicionais.
Segundo dados do Viva Mulher, a meta era alcançar 22.845 exames nos cinco primeiros meses, mas o percentual de mulheres que realizaram o preventivo alcançou somente 70,36% nesse período. Em 2010, na mesma época, 84,78% das mulheres se submeteram ao exame, o que corresponde a 18.063 pacientes. De acordo com o coordenador, a queda na realização dos exames ocorreu, principalmente, nos municípios com menos de 10 mil habitantes.
“Um dos grandes problemas enfrentados na realização do exame de Papanicolaou é a cobertura populacional. Pretende-se atingir 90% de cobertura da população feminina do Estado em três anos, ou seja, 30% em cada ano. Ocorre que um mesmo grupo de mulheres realiza o exame todos os anos, dando a falsa impressão que o objetivo de cobertura foi atingido”, lembrou.
Mobilização
Uma das medidas adotadas pela SES para alcançar bons índices é a visita em todas as 28 Regionais de Saúde, com o objetivo de mobilizar os secretários municipais para que ocorra um aumento da coleta e para que os mesmos façam o seguimento das pacientes com pré-câncer e as encaminhem para tratamento nas unidades especializadas. “Para a realização do exame, a mulher precisa se sentir acolhida, estar cercada de bons profissionais e, principalmente, encontrar facilidade para marcar a consulta”, comentou. Conforme Sérgio, estão previstas capacitações com os municípios que tiveram o pior desempenho, para que eles incrementem a realização dos exames.
 
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