16 de setembro, de 2011 | 00:00

Aperam adota carvão vegetal

Empresa estima que substituição do coque trará economia de US$ 60 milhões

Divulgação


basculador de caminhão

TIMÓTEO – Por influência do mercado e para levantar a bandeira da sustentabilidade, a Aperam South America está substituindo o uso do coque pelo carvão vegetal como redutor nos altos-fornos. A inauguração do novo sistema ocorreu na tarde desta quinta-feira, na planta da empresa, em Timóteo. A cerimônia foi conduzida pelo presidente da companhia, Clênio Guimarães, e o CEO da Aperam Mundial, Bernard Fontana.
Com a mudança, a empresa pretende conseguir mais competitividade no mercado, ter maior controle sobre a matéria-prima usada para o funcionamento do alto-forno, reduzir a emissão de CO2 e contribuir para economia do Vale do Jequitinhonha, onde o carvão será produzido. Conforme Clênio Guimarães, o grande argumento para aprovação do projeto foi uma economia de US$ 60 milhões ao ano, prevista com a substituição.
 
Segundo dados da assessoria da empresa, para retomar o uso do carvão vegetal, um procedimento usual antes do coque, foi necessário um investimento de aproximadamente US$ 95 milhões. Desse total, US$ 60 milhões foram destinados à Aperam Bioenergia para concluir o plantio de florestas de eucalipto, construção de 142 fornos de carbonização, modernização do maquinário e ações junto às comunidades e ao meio ambiente.
 
Os outros US$ 35 milhões foram aplicados nas mudanças do Alto-Forno 2 e na adequação do pátio de estocagem para recebimento e manuseio dessa matéria-prima. A obra incluiu a ampliação do pátio, construção de um novo basculador de caminhões, uma nova torre de peneiramento, novos sistemas de desempoeiramento, além de algumas adequações no “stock house” e na área de corrida do Alto-Forno 2.
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aperam
Decisão
A decisão da Aperam em substituir o coque pelo carvão vegetal começou a ser tomada em 2004, quando esse insumo renovável voltou a ficar atrativo em relação aos preços do coque. De acordo com informações da empresa, o mercado internacional de coque apresentava alta instabilidade de abastecimento e de preços. A opção pelo carvão vegetal representava a independência estratégica em relação a esse cenário. Para Bernard Fontana, a substituição do coque pelo carvão terá o mesmo sucesso alcançado com a substituição do GLP para o gás natural, feita recentemente na empresa.
Logística
Todos os investimentos para o abastecimento do carvão vegetal estão localizados na região do Vale do Jequitinhonha envolvendo cinco municípios, 1.300 empregos diretos e 2.000 mil indiretos. De acordo com Clênio Guimarães, o trajeto de 400 quilômetros para o transporte do carvão vegetal do Vale do Jequitinhonha a Timóteo será feito por rodovia. Para driblar os altos gastos devido às péssimas condições das estradas brasileiras, o presidente explicou que a empresa investirá em modelos mais eficientes de transporte. “Esse transporte será feito por rodotrem com capacidade média de transporte de 42 toneladas, enquanto um caminhão tradicional transporta 25 toneladas”, explicou.
 
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