27 de outubro, de 2012 | 00:02

Filha de JK marca presença em Ipatinga

Maria Estela Kubitschek foi homenageada pela Usiminas

IPATINGA – Maria Estela Kubitschek de Oliveira, filha do ex-presidente Juscelino Kubitschek, foi uma das homenageadas durante o evento de 50 anos da Usiminas. Maria Estela, que pela primeira vez veio a Ipatinga, disse ter ficado encantada com o paisagismo da cidade no entorno da usina. Disse que voltava ao passado de uma forma muito feliz, pois sabia que, quando o pai veio fincar a pedra fundamental também dava início a um ciclo de desenvolvimento muito importante para a região, o estado e o país. Maria Estela enfatizou que as suas relações com a Usiminas eram familiares para todos os lados, porque depois que o pai autorizou a construção da usina, Amaro Lanari, tio do marido dela, foi o primeiro presidente da companhia.
“O que mais me deixa feliz é que, passados tantos anos, a Usiminas continua a ser motivo de orgulho para o Brasil, um exemplo para o mundo da eficiência do brasileiro. Entendo que o mérito maior, de papai, não foi o que ele fez, mas o fato dele ter acreditado que as pessoas seriam capazes de tirar uma empresa como esta do chão. Tudo o que ele fez foi contando com a participação do povo”, detalhou.
 
A filha do ex-presidente da República também afirmou ter sido muito prematura a partida do pai, pois entende que ele ainda tinha muito a dar para o Brasil. “Foi uma pena que tenha sido cassado em um momento de muito poder de contribuição. Mas acho que ele deixou uma escola boa”, disse.
 
Maria Estela avalia que existe agora o renascimento do ideal de Juscelino e da mineiridade também. Sobre a história do Brasil, afirmou que depois de 20 anos de ditadura militar, vê dificuldade em motivar as pessoas para a política. Estela avalia que ela vem de uma geração alienada politicamente e explica o porque: “Eu só fui votar para presidente quando já tinha três filhos votando junto comigo a primeira vez.
Vejam o que é isso, uma filha de ex-presidente, que só consegue votar para presidente muito tempo depois com três filhos votando junto. É verdade que, neste intervalo teve muita coisa boa no Brasil também. Mas é preciso lembrar que a política democrática é muito melhor. É preciso que os políticos tenham a noção e visão de que administrar não é só dizer que vai fazer e talvez até fazer. É preciso fazer junto e motivar na realização. JK não construiu a Usiminas sozinho, nem construiu Brasília sozinho. As pessoas acreditaram e construíram juntas”, rememorou.
Wôlmer Ezequiel


jose barros cota

Os Samurais de volta a Ipatinga
 
Entre os homenageados nos 50 anos da Usiminas na tarde de ontem, estavam os Samurais, como são chamados os primeiros engenheiros capacitados no Japão e que auxiliaram na construção da Usiminas. Nos minutos que antecederam a solenidade, eles conversaram com a reportagem do DIÁRIO DO AÇO. O pioneiro José Barros Cota mora hoje em Belo Horizonte e disse que achou tudo mudado. “Tem 33 anos que me aposentei e encontrei muita novidade aqui. Tudo evoluiu muito”, afirmou.
Wôlmer Ezequiel


jose geraldo
Outro samurai, João Geraldo Pessoa Evangelista, disse que há 50 anos era impossível imaginar que a região evoluiria tanto. “No Brasil não houve coisa parecida. Aqui tudo teve que ser criado. O Vale do Rio Doce era um lugar abandonado até então. Este projeto da Usiminas foi transformador da realidade daqui”, avaliou.
Antônio Pedrosa Silva, não escondeu a emoção ao falar dos 50 anos da Usiminas. “Ao vermos todo esse desenvolvimento da cidade hoje é como se fosse um milagre quando nos lembramos do começo de tudo, no meio da poeira, do nada. É gratificante ver isso. Naquela época éramos muito novos e não tínhamos uma visão de conjunto e o resultado da influência de uma empresa deste porte”, pontuou.
Wôlmer Ezequiel


antônio pedrosa

 
Presença cultura japonesa 
 
Wôlmer Ezequiel


evento nipônico
A solenidade dos 50 anos da Usiminas ontem no Centro de Desenvolvimento de Pessoal teve forte presença de japoneses, tanto da acionista Nippon Steel & Sumitomo Metal, fornecedores, como a Mitsubishi e muitos executivos. A solenidade oficial foi aberta com um ritual de tambores. Os discursos feitos em português também foram traduzidos simultaneamente para os convidados nipônicos, que lotavam uma parte considerável do auditório do CDP. Os japoneses foram fundamentais na construção da Usiminas. A associação deles com o governo brasileiro para a construção da empresa em Ipatinga foi o primeiro grande investimento japonês no pós-guerra mundial, na segunda metade do século XX.
 

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