03 de agosto, de 2014 | 00:00

Expectativa por expansão do Distrito Industrial

Para Aemdi, área já ocupada deve ser modelo antes da inauguração de novo espaço

IPATINGA – Após a reunião que tratou do novo Distrito Industrial do município, a expectativa da Associação das Empresas Estabelecidas no Distrito Industrial (Aemdi) é melhor do que em anos anteriores. Entretanto, para que a expansão proposta pela administração municipal seja bem-sucedida, o entendimento entre representantes da entidade é que será necessário tornar o distrito existente um modelo, com melhorias estruturais.

Na semana anterior, a Prefeitura de Ipatinga publicou a informação de uma proposta de parceria para criação do novo Distrito Industrial de Ipatinga, apresentada pelo secretário municipal de Desenvolvimento Econômico e Turismo, Amarildo José de Assis, ao coordenador da área de energia da Agência Brasileira de Desenvolvimento da Indústria (ABDI), Jorge Boeira.

A proposta é ter um projeto que vá atender demandas de empresas instaladas em áreas não apropriadas ou que estão em vias de se instalarem no município, além das empresas do setor metalomecânico. “Estudamos qual a melhor forma para que essa expansão ocorra. Essa ampliação é decisão do governo e vamos fazer o mais rápido possível e da melhor forma possível”, afirma Amarildo Assis.

Conselheiro fiscal da Aemdi, Carlos Alberto Guerra observa que a expansão é importante para o crescimento da cidade e irá fortalecer um pouco mais a economia local, que precisa de um impulso. “É preciso lutar por isso mesmo, trazer novas empresas para o novo distrito e dar condições de trabalho. Hoje, muitos distritos não dão condição de trabalho ao empresário e estamos apostando que isso possa ser feito”, pontuou.

Já o diretor administrativo da associação, Ismael Coelho, acrescenta que a expansão irá alavancar a região e o município que, em sua opinião, está parado em termos de investimentos. "Acredito que o novo distrito vem agregar, com novas áreas, oportunidade de novas empresas, de novos empregos e geração de renda. Além disso, temos notícia de empresas daqui do distrito que estão em busca de local para ampliar sua área”, avalia.

Ismael Coelho acrescenta que a demanda parte do próprio distrito I, e que o novo espaço será praticamente a única área para instalação de empresas. “Digo isso principalmente pela localidade: anexo ao distrito I, próximo à BR-458, um cordão de escoamento. Estivemos conversando com o secretário de Desenvolvimento e, dentre vários assuntos em pauta, tratamos desse também”, relatou.


Aemdi quer conhecer atuais
interessados no novo distrito

O presidente da Associação das Empresas Estabelecidas no Distrito Industrial (Aemdi), Eduardo Pinho, informa que a associação quer alinhar com a prefeitura a viabilidade total da área do novo distrito, quanto do terreno realmente poderá ser construído, o que é Área de Preservação, a reserva legal e o que sobra para expansão efetiva do distrito. “Enxergamos com bons olhos o Amarildo na secretaria, porque conhece isso aqui desde o início e sabe da necessidade, mas temos de alinhar. Um distrito não começa da noite para o dia, não”, opina.

Questionado sobre o interesse de empresas em ocupar áreas no novo distrito, Eduardo Pinho observa que o ideal é que se faça uma nova pesquisa. “Antes eram vários interessados, mas será que todos eles estão vivos?”, indaga. Em maio do ano passado, o então secretário de Desenvolvimento Econômico e atual titular da pasta de Administração, Hélcio Muzzi, relatou ao DIÁRIO DO AÇO que a administração municipal encontrou uma lista de 150 empresas requerendo áreas em Distrito Industrial para expansão e novos investimentos.  

O presidente Eduardo Pinho salienta que a diretoria vê, também, a necessidade de trabalhar a realidade do distrito existente e fazer dele modelo para o que virá. “Precisamos de uma entrada melhor para o distrito e fizemos uma reunião com a prefeitura, inclusive pra falar disso. Quando falamos em modelo, queremos dizer que precisamos da duplicação da entrada, com acesso melhor para caminhões pesados, por exemplo. Nossa expectativa é melhor do que há alguns anos, mas é necessário tornar esse distrito existente modelo para que o próximo seja um sucesso”, argumenta. 

A área do novo Distrito Industrial soma cerca de 300 mil metros quadrados e seria instalado em uma área estratégica, próxima ao Aeroporto da Usiminas, da BR-458 e da Estrada de Ferro Vitória a Minas, facilitando o escoamento da produção local.

 

 

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