06 de novembro, de 2014 | 00:00

Para-raios na proteção de residências

Profissional esclarece uso do dispositivo que pode proteger moradores e evitar prejuízos


IPATINGA – O seguro morreu de velho. Apesar do longo período de estiagem, é necessário antever o período chuvoso e tomar precauções para evitar os danos, por vezes irreparáveis, trazidos pelos fenômenos naturais. Em tempo de chuva, aumenta a incidência de raios, e todos os anos essas descargas atingem pessoas, animais, edifícios, residências, instalações industriais e agropecuárias. A instalação do para-raios, tecnicamente chamado de Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas (SPDA), é o meio mais adequado de proteger uma edificação e as pessoas que estejam em seu interior.
 

Conforme a Cemig, Minas Gerais é um dos estados que mais registram a ocorrência de raios por ano. Atualmente, o território mineiro está na quarta colocação do ranking nacional, com média anual de 1,05 milhão de descargas atmosféricas. Isto se deve à área geográfica de Minas Gerais, que é a quarta maior do Brasil, com mais de 586 mil km².
 

Engenheiro eletricista que atua em Ipatinga, Gustavo Alves Amorim alerta que um raio pode chegar a centenas de milhares de volts. Ele salienta que os para-raios são dispositivos indispensáveis em locais onde há grande concentração de pessoas como estádios, shoppings, teatros, escolas, prédios, e onde uma falha elétrica causada por raios possa trazer consequências maiores como em hospitais, por exemplo.
 

Mas, residências também podem ser protegidas das forças da natureza, uma vez que o dano elétrico pode atingir não só os disjuntores do quadro de força, como também a queima de eletrodomésticos, eletroeletrônicos, chuveiros e até mesmo interfones, gerando gastos e transtornos.
 

Wesley Rodrigues


antena para-raios


O preço do SPDA pode variar, pois existem vários sistemas de proteção diferentes. “A pessoa deve buscar profissionais especializados para fazer uma vistoria na edificação e determinar qual é a melhor alternativa a ser implantada. Vale lembrar que apenas a haste metálica no topo da edificação não significa proteção, esta é apenas parte do sistema de proteção que conta com aterramento para a descarga atmosférica que venha a atingi-lo”, orienta o engenheiro.
 

A zona de proteção que o para-raios oferece, explica Gustavo Amorim, é um círculo em torno do edifício de aproximadamente duas vezes e meia a altura do edifício. “Essa zona de proteção tem o formato de um cone, que começa na ponta da haste e vai descendo até o solo com determinado grau de abrangência. Esse grau vai depender do nível de proteção do para-raios e da altura do edifício”.
 

Se a casa do vizinho tem para-raios, isso não significa proteção das casas em volta. “Isso vai depender da altura em que o para-raio está instalado. Caso a residência do vizinho seja mais alta que a sua, dependendo desta altura e da zona de proteção do para-raios você estará protegido. Se mora do lado de um prédio, por exemplo, muito provavelmente estará dentro da zona de proteção. No caso de estar rodeado de casas da mesma altura é menos provável, já que a zona de proteção será menor”, diz o profissional.


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