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13 de fevereiro, de 2017 | 17:05

CMDCA alerta para o aumento de violência sexual no carnaval

De acordo com as estatísticas, o abuso sexual é um dos gêneros de maus-tratos mais sofridos por crianças e adolescentes de zero a nove anos

Secom PMI
Leonardo Oliveira e Cleoneide orientam pais e responsáveis a denunciar casos suspeitos de abusosLeonardo Oliveira e Cleoneide orientam pais e responsáveis a denunciar casos suspeitos de abusos
Com a chegada do período de carnaval no fim deste mês (de 25 a 28 de fevereiro), o vice-presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA) de Ipatinga, Leonardo Oliveira, e a coordenadora da Escola Profissionalizante Tenente Oswaldo Machado (EPTOM), Cleoneide Oliveira, fazem um apelo aos pais e responsáveis para que fiquem atentos ao dia a dia dos menores. De acordo com as estatísticas, o abuso sexual é um dos gêneros de maus-tratos mais sofridos por crianças e adolescentes de zero a nove anos, atrás apenas de questões de negligência e abandono.

Como observa Leonardo Oliveira, os casos de abusos sexuais envolvendo crianças e adolescentes ocorrem durante todo o ano, mas especialmente neste período tendem a aumentar. “Em parte, devido ao fato de ser tempo de recesso escolar, quando os potenciais abusadores passam mais tempo com suas vítimas”, diz Leonardo, acrescentando ainda: “Com as festas carnavalescas vêm também os excessos de bebidas alcoólicas e de drogas, o que contribui para desequilíbrios e ânimos exaltados, o que favorece os casos de violência”.

Registros
A preocupação se justifica e é apoiada pelo relatório parcial de um Diagnóstico que vem sendo elaborado no município acerca da situação da criança e adolescente. Na contabilidade do Registro de Eventos de Defesa Social da Secretaria de Estado da Segurança Pública, 58 casos de violência sexual envolvendo crianças e adolescentes de 0 a 17 anos foram registrados em Ipatinga, entre os anos de 2013 e 2016. Deste total, 75% tiveram os autores identificados e punidos.

A expectativa é que o relatório final do Diagnóstico seja concluído em abril, sendo que nesta fase estão sendo colhidos os dados das redes de educação, saúde e de proteção que cuidam destes casos. A pesquisa de campo realizou ainda 2 mil entrevistas em todos os bairros da cidade, numa demanda espontânea de famílias que tenham crianças e adolescentes.

Mas, para Leonardo Oliveira, esta preliminar já preocupa: “Os dados mostram que, graças às denúncias, a cultura do abuso sem punição vem diminuindo. Contudo, precisamos incentivar ainda mais esta iniciativa. Sabemos que, para cada caso denunciado, outros 20 ficam ocultos. Essa é uma prática que só vai acabar com a denúncia”, acredita.

A denúncia é sempre um indício. Porém, usando meios especializados, quem vai investigar se o abuso se comprova ou não são os órgãos responsáveis.

Investigação e Punição
Cleoneide Oliveira, que também é coordenadora do Diagnóstico, concorda com Leonardo Oliveira. Para ela, “só a denúncia leva à investigação e, consequentemente, à punição do abusador”.

“As festividades do carnaval são um incentivo para os abusadores, que na maioria se tratam de pessoas de confiança da família e próximas da criança. Por isso, todo cuidado é pouco. Ao ser percebido algum sinal deste tipo de violência, a denúncia deve ser feita”, orienta Cleoneide. Contatos para denúncias: Conselho Tutelar - 3829-8433 ou Disque 100. (Com informações da Secretaria de Comunicação da Prefeitura de Ipatinga).
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