08 de junho, de 2017 | 08:45
Cinco valores da metodologia XP
Débora Morales
O mundo dos softwares é repleto de possibilidades e inovações. É comum nesse meio o uso de metodologias para estruturar o desenvolvimento de programas e garantir a gestão, qualidade e funcionalidade do sistema. Um exemplo é o Extreme Programming, ou XP, desenvolvedor ágil, econômico, indicado para empresas de pequeno e médio porte que modificam constantemente seus projetos.O XP propõe a ideia de que os elementos de engenharia de software tradicionais sejam levados para níveis extremos”, atingindo um maior grau de excelência na execução. A metodologia garante, simultaneamente, redução do risco do projeto, melhora a resposta às mudanças e a produtividade durante toda a vida do sistema e acrescenta diversão à construção de software em times.
Além disso, o XP propõe entregas frequentes em ciclos curtos de desenvolvimento, para melhorar a produtividade e introduzir pontos de verificação em que podem ser adotados novos requisitos dos clientes.
Atrelados ao XP estão cinco valores da metodologia (comunicação, respeito, simplicidade, feedback, coragem) que servem como critérios que norteiam as pessoas envolvidas no desenvolvimento de software. A comunicação foca em construir um entendimento pessoa a pessoa do problema, com o uso mínimo de documentação formal e com o uso máximo de interação cara a cara” entre os envolvidos no projeto.
A simplicidade sugere que cada membro da equipe adote a solução mais fácil que possa funcionar. O objetivo é fazer aquilo que é mais simples hoje e criar um ambiente em que o custo de mudanças no futuro seja baixo, evitando a construção antecipada de funcionalidades, como é feita em muitas metodologias tradicionais. E aí a importância de se realizar, em paralelo, os feedbacks, que possibilitam que as pessoas aprendam cada vez mais sobre o sistema, corrijam seus erros e o melhorem.
A coragem está ligada diretamente à aplicação eficaz do XP. Atitudes mais ousadas podem trazer melhorias ao projeto e não devem ser evitadas simplesmente pelo medo de tentá-las. Alterar código já escrito e que está funcionando, jogar código fora e reescrever tudo de novo, permitir código compartilhado por todos ou simplesmente dizer não, são alguns exemplos. E, por fim, respeito, valor que sustenta todas as ideias e etapas do desenvolvimento de software. Uma equipe engajada que respeita as opiniões e decisões de todos os membros consegue alcançar os melhores resultados.
* Mestra em Engenharia de Produção (UFPR) na área de Pesquisa Operacional com ênfase a métodos estatísticos aplicados à engenharia e inovação e tecnologia, especialista em Engenharia de Confiabilidade (UTFPR), graduada em Estatística e em Economia. Atua no Instituto das Cidades Inteligentes.
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