15 de março, de 2018 | 12:22

Julgamento de ADI permanece sem conclusão com novo pedido de vista

Decisão sobre complementação para servidores municipais de Ipatinga foi novamente adiada

Divulgação
Servidores municipais aposentados aguardavam, com expectativa decisão do TJMG sobre complementação Servidores municipais aposentados aguardavam, com expectativa decisão do TJMG sobre complementação


Nesta quarta-feira (14), um novo pedido de vista, do desembargador Edgard Penna Amorim, adiou mais uma vez a conclusão do julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade que questiona a lei municipal 1.311/94, no Tribunal de Justiça de Minas Gerais.

A legislação municipal garante o direito à complementação das aposentadorias dos servidores de Ipatinga, e está em vias de ser declarada inconstitucional pela falta de contribuição dos servidores a um fundo que financie o benefício. A ausência de contributividade decorre da omissão do Poder Executivo, pois se trata de matéria de competência exclusiva do chefe da Administração Municipal, que não cumpriu a lei ao longo de mais de 20 anos.

Apesar do pedido de vista, a maioria absoluta dos desembargadores do órgão especial do TJMG já votou ou antecipou seu voto, no sentido de manter o direito à complementação dos servidores que se aposentaram até dia 22 de fevereiro de 2017.

Embora o voto da maioria tenha sido pela declaração de inconstitucionalidadeda lei, por ausência de contribuição aos cofres públicos, a Justiça sinalizou pela modulação dos efeitos da decisão, ou seja, não atingirá aqueles que já têm direito ao benefício e recebiam a complementação, como havia sido determinado na medida liminar.

“Na verdade, a obrigação de pagar nunca deixou de existir. A Administração não paga porque não quer, porque falta vontade política. Há toda a legalidade para pagamento das complementações dos que já recebiam o benefício, independentemente da conclusão deste julgamento, tanto é verdade que a Câmara Municipal está efetuando os pagamentos normalmente”, avalia a advogada Juliana Barros, que em entrevista ao Diário do Aço, já havia detalhado esse direito e a obrigação da prefeitura.

O Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG), subsede de Ipatinga, acompanhou a sessão. Além disso, mais uma vez os aposentados se fizeram presentes. A previsão é de que a matéria volte a ser colocada no dia 28 de março, na próxima reunião do órgão especial.



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