
30 de maio, de 2018 | 08:41
Santa Joana DArc
Padroeira da França foi queimada viva em 30 de maio de 1431
Em 30 de maio de 1431, em Rouen (Ruão), na histórica região francesa da Normandia, a jovem Joana DArc foi queimada na fogueira, acusada de bruxaria. Por vezes chamada Donzela de Orléans”, Joana foi uma heroína da Guerra dos Cem Anos.Durante a guerra, tomou partido pelos Armagnacs na longa luta contra os borguinhões e seus aliados ingleses. Descendente de uma família modesta e analfabeta, Joana DArc foi uma mártir francesa canonizada em 1920 pelo Papa Bento XV, quase cinco séculos depois de ser queimada viva.
A escritora Irène Kuhn afirma que Joana d'Arc foi esquecida pela história até ao Século XIX. Antes disso, o inglês Shakespeare tratou-a como uma bruxa e o francês Voltaire escreveu um poema satírico ridicularizando-a.
Já com o Romantismo, chegado o Século XIX, o romântico alemão Schiller a fez uma heroína em sua peça de teatro "Die Jungfrau von Orleans", que foi publicada em 1801.
Só em 1920, Joana D'Arc estava já definitivamente reabilitada e tornava-se a Santa Joana D'Arc e em 1922 foi declarada Padroeira da França, onde o dia de 30 de maio é feriado nacional em sua honra.
Aos 13 anos, Joana DArc afirmava que ouvia vozes divinas que identificava como ordens dos santos Miguel, Margarida e Catarina. As vozes insistiam para que ela salvasse a França do domínio inglês, porém, durante cinco anos, manteve essas mensagens em segredo.
Apenas em 1429 ela deixou sua casa, na região de Champagne, e viajou com destino à Corte do rei francês Carlos VII. Joana convenceu o rei a colocar tropas em seu comando e seguiu rumo à libertação da cidade de Orléans, que fora invadida e tomada pelos ingleses havia oito meses.
Em maio de 1429, com um pequeno exército, Joana conseguiu a vitória sobre os invasores em apenas oito dias. Cerca de um mês após sua vitória sobre os ingleses em Orléans, ela conduziu o Rei Carlos VII à cidade de Reims, onde ele foi coroado em 17 de julho.
A vitória de Joana D'Arc e a coroação do rei acabaram por reacender as esperanças dos franceses de enfim se libertarem do domínio inglês, e representou a virada da guerra.
A inveja dos conselheiros rivais e as dúvidas sobre suas habilidades militares reduziram a influência de Joana D'Arc. Na primavera de 1430 ela retomou a campanha militar para tentar libertar a cidade de Compiègne, onde acabou sendo dominada e capturada pelos borgonheses, aliados dos ingleses, em 1430.
Joana DArc foi presa em 23 de maio do mesmo ano e entregue aos ingleses, que, interessados em desacreditá-la, acusaram-na de bruxaria e heresia. Submetida a um tribunal católico em Rouen, Joana foi condenada à morte após meses de julgamento pela Igreja inglesa.
O maior responsável por sua morte foi o Bispo Pierre Cauchon, que fez tudo para agradar os ingleses, com o objetivo de obter o bispado de Ruão. Joana foi queimada viva com apenas dezenove anos. A revisão do seu processo começou em 1456, quando foi considerada inocente pelo Papa Calisto III e o processo que a condenou foi classificado como inválido.
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