10 de novembro, de 2018 | 22:20
Final da Libertadores entre Boca e River é adiada pela Conmebol
Após inspeção no gramado da Bombonera, entidade decidiu suspender o clássico devido à chuva que castiga Buenos Aires
Reprodução Olé
Frente a frente estrelas do futebol argentino, como Scocco (River) e Pavón(Boca), num clássico de repercussão mundial

A final da Copa Libertadores 2018 entre Boca Juniors x River Plate foi adiada para este domingo, às 17h (horário de Brasília). Previsto para a tarde deste sábado (10), o duelo acabou suspenso pela Conmebol após inspeção da arbitragem no gramado da Bombonera, completamente encharcado pelas fortes chuvas que caem em Buenos Aires. O árbitro chileno Roberto Tobar entendeu que o campo não oferecia condições de jogo por causa das poças d'água acumuladas devido ao temporal.
Em apenas cinco horas, choveu o previsto para todo o mês de novembro na capital argentina. A meteorologia indica que as chuvas devem se estender até terça-feira. Por isso, a Conmebol deve realizar outra vistoria no gramado neste domingo e avaliar a necessidade de um novo adiamento.
Pela primeira vez na história, clubes da mesma cidade decidem o grande torneio da América. Um Superclássico recheado de tradição e sentimentos à flor da pele. A final da Libertadores deste ano será a última disputada no formato de dois jogos.
Porém, ambas as partidas ocorrerão em Buenos Aires e envolvem uma das maiores rivalidades do mundo, entre os dois times mais populares da Argentina. O Boca, que passou pelo Palmeiras nas semifinais graças ao atacante Benedetto, inicia a decisão pelo título recebendo o River, que venceu o Grêmio fora de casa na fase anterior.
Duelo
Boca Juniors e River Plate farão a primeira final 100% argentina da Copa Libertadores da América, depois de passarem por dois brasileiros na semifinal: Palmeiras e Grêmio, respectivamente. O Boca tem a chance de chegar ao seu sétimo título, enquanto o River pretende alcançar o quarto. O jogo de volta está marcado para dia 24 de novembro, também às 18h (de Brasília), mas no Monumental de Núñez, nesta que já é chamada da maior final do século de uma competição de futebol no mundo.
O duelo também é tratado pela imprensa argentina como o maior do clássico do planeta. Está mexendo com todos os segmentos da sociedade no país, envolvendo opiniões e reações apaixonadas não só dos torcedores e também de ex-jogadores dos dois clubes, treinadores, dirigentes de outros clubes, políticos (incluindo o presidente Maurício Macri), num frenesi maior até mesmo do que na decisão da Copa de 1978 que o país sediou e venceu a finalíssima contra a Holanda e conquistou seu primeiro título mundial de seleções.
O perdedor sabe que irá carregar esse fardo por décadas, com o risco de alguns de seus personagens verem suas carreiras tomarem outro rumo, sobretudo em caso de alguma falha ou ato de indisciplina. Ao vencedor, toda glória de uma conquista inédita, que marcará para sempre sua história, não importa quantas décadas se passarem.
O duelo, em seus dois rounds, terá torcida única, para tentar evitar maiores confrontos, conforme é tradição de problemas de violência entre torcidas no futebol argentino. Com os dois times completos e os jogadores com adrenalina no limite, a expectativa é para dois duelos nervosos dentro de campo, com poucas chances criadas. O fator campo espera ser decisivo por cada um dos protagonistas. Como nos demais jogos da reta final da Libertadores, haverá o VAR (árbitro de vídeo) para auxiliar a arbitragem em lances de difícil interpretação.
O Boca deverá atuar com: Rossi, Jara, Isquierdoz, Magallãn e Olaza; Nández, Barrios e Pablo Pérez; Villa, Ábila e Pavón. Técnico - Guillermo Barros Schelotto.
O River Plate, que não terá na beira do gramado e tampouco no estádio o polêmico técnico Marcelo Gallardo, por conta de descumprir punição da Conmebol no jogo contra o grêmio em Porto Alegre (mais uma multa de U$ 50 mil), vai a campo com: Armani, Montiel, Maidana, Pinola e Casco; Ponzio, Palacios, Martinez e Quintero; Scocco e Rafael Borré. O auxiliar técnico Matías Biscay estará à beira do gramado e nos vestiários.
O trio de árbitro, que contará com mais cinco assistentes no VAR, será chileno: Roberto Tobar no apito, com assistências de Christian Schiemann e Cláudio Rios.
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