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10 de abril, de 2019 | 14:27

Farmacêutico pega quatro anos no semiaberto por mortes no trânsito em 2011

Réu pode recorrer da condenação por atropelar e matar um casal de idosos e deixar três pessoas feridas no bairro Limoeiro, em Ipatinga

Wellington Fred
Familiares das vítimas acompanharam o julgamento e pediram justiçaFamiliares das vítimas acompanharam o julgamento e pediram justiça

Levado a julgamento perante o Tribunal do Júri da 2ª Vara Criminal da Comarca de Ipatinga, o farmacêutico Victor Lúcio Braga, de 36 anos foi sentenciado a uma pena de quatro anos, um mês e 23 dias de detenção no regime semiaberto. Victor sentou-se no banco dos réus na terça-feira (9) devido a um acidente de trânsito, no dia 26 de fevereiro de 2011, quando ocorreu a morte do casal, José Raimundo Rodrigues, 78 anos, e Luzia Júlia Rodrigues, 71 anos. Outras pessoas se feriram atingidas pelo carro que Victor conduzia pela rua Morangos, no bairro Limoeiro, em Ipatinga.

O Ministério Público denunciou Victor duas vezes no homicídio simples e ainda por três tentativas de homicídio. Ele respondeu pelos crimes por estar na condução de um veículo que, segundo a denúncia, estava em alta velocidade. Conforme consta no processo, o condutor, com sintomas de embriaguez, perdeu o controle do veículo e atingiu as vítimas, que estavam na calçada.

A defesa de Victor tentou a desclassificação dos crimes para homicídio culposo e lesão corporal culposa, ou seja, quando não há vontade de cometê-los. O juiz de Direito, Antônio Augusto Calaes de Oliveira, pronunciou o farmacêutico por homicídio com dolo eventual praticado na direção de automóvel e definiu, após os recursos dos advogados do farmacêutico, a data do julgamento.

A sessão do Tribunal do Júri começou por volta das 9h desta terça-feira no Salão do Júri Vito Gagiatto, no Fórum da Comarca de Ipatinga. O juiz Antônio Calaes presidiu o julgamento e trabalharam na acusação, o promotor Gustavo Vilaça e o advogado Henrique Adriano da Silva Teixeira. O advogado Jayme Rezende e sua banca de advogados defenderam o réu.
Arquivo/Diário do Aço
José Raimundo e Luzia Júlia morrem depois de serem atropelados em fevereiro de 2011José Raimundo e Luzia Júlia morrem depois de serem atropelados em fevereiro de 2011

Familiares das vítimas acompanharam o julgamento com faixas, camisas e estavam com esperança de uma punição para o motorista. “Ficaram muitas saudades. São oitos anos de espera, espera de julgamento e esperamos que a justiça seja feita. A gente só quer justiça”, afirmou ao Diário do Aço, Marcilene Rodrigues, de 48 anos, filha do casal de idosos que morreu no acidente.

Após oito horas de julgamento, o Conselho de Sentença acatou a tese da defesa e desclassificou os crimes para homicídios e tentativas de homicídio com dolo eventual para homicídios culposos (sem intenção) e tentados no trânsito, conforme prevê a legislação de trânsito.

Com a decisão, o caso passou para a competência do juiz singular. Antônio Augusto Calaes sentenciou o réu Victor pelos crimes, totalizando quatro anos, um mês e 23 dias de detenção no regime semiaberto. O juiz determinou, ainda, a suspensão da CNH de Victor por quatro meses e quatro dias. O farmacêutico recebeu o direito de recorrer em liberdade. As partes, não concordando com a sentença, têm prazo para recorrer da decisão do Júri.

O acidente
Victor dirigia um VW Gol e perdeu o controle da direção do veículo atingindo as duas vítimas idosas, que estavam sentadas em um banco, na calçada, e outras três pessoas que estavam próximas. Na ocasião, por pouco o motorista do carro não foi linchado por populares que ficaram revoltados com a situação e foram contidos por policiais militares.

A população enfurecida ameaçava incendiar o veículo no pátio credenciado, para onde foi levado após ser apreendido depois do acidente. O pátio fica localizado no mesmo bairro onde ocorreu o atropelamento. Por isso, o carro teve que ser removido para a Delegacia de Polícia Civil. O motorista, que negou estar embriagado, foi liberado na delegacia após prestar depoimento e teve a CNH apreendida.
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Comentários

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Sabonete

11 de abril, 2019 | 16:29

“NÃO ENTENDI...!! UM ASSASSINO QUE MATA 2 PESSOAS É SENTENCIADA A 4 ANOS DE PRISÃO EM REGIME SEMI ABERTO..??
VAI ESTAR PRESO ...OU VAI ESTAR EM LIBERDADE...???....NÃO ENTENDI....!!!....UM PRESO QUE ESTÁ EM LIBERDADE..!! SÓ NO BRASIL MESMO...!!...
DE UMA COISA EU TENHO CERTEZA.....TEM DUAS PESSOAS INOCENTES PRESAS EM BAIXO DA TERRA E DENTRO DE UM CAIXÃO....”

Joao

10 de abril, 2019 | 14:53

“O povo no dia se pega esse cara, provavelmente não estaria vivo pra ser julgado.”

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