09 de setembro, de 2020 | 14:50
E-mails apontam que Flamengo sabia dos riscos antes de incêndio no Ninho do Urubu
E-mails que estão em poder da Justiça, e que foram obtidos pelo portal Uol, apontam que a diretoria do Flamengo sabia dos problemas elétricos que resultaram no incêndio que matou dez jovens da base do clube no Ninho do Urubu, em fevereiro de 2019.
O incêndio, causado por uma pane na eletricidade, vitimou Athila Souza Paixão, Arthur Vinícius de Barros, Bernardo Pisetta, Christian Esmério, Gedson Santos, Jorge Eduardo Santos, Pablo Henrique da Silva, Rykelmo de Souza, Samuel Thomas Rosa e Vitor Isaías.
Conforme a troca de mensagens, divulgadas pelo Uol, uma vistoria foi feita no local nove meses antes do sinistro e apontou que "a situação é de grande relevância e alto risco". Esse alerta foi feito no dia 10 de maio de 2018. Na época, nada foi feito para resolver os problemas apresentados.
O relatório da vistoria foi enviado a funcionários do Flamengo com o objetivo de que houvesse uma troca no quadro elétrico, disjuntores e fiação no jardim do local.
Os reparos dos problemas elétricos foram orçados em R$ 8.550. O valor foi dividido em duas parcelas, pagas pelo clube, mas o trabalho necessário nunca foi executado.
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