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01 de outubro, de 2020 | 17:28

O legado de um visionário

Wilder Alves *

Uma associação forte, pujante, consolidada como uma das maiores da América Latina em seu gênero. Quem lê essa frase, de imediato não se dá conta de que estou falando da Associação dos Metalúrgicos Aposentados e Pensionistas de Ipatinga, mais conhecida como AAPI.

Apesar de sua estrutura organizacional, bem como a sua representatividade junto à sociedade, muitas pessoas não conseguem dimensionar o quão importante se tornou essa entidade para aproximadamente 40 mil famílias, que hoje fazem parte de seu quadro de associados.

E por que falar desse dimensionamento? Simples, porque, no dia 30 de setembro de 2020, seu atual presidente, Elias Caetano Ferreira sucumbiu às complicações causadas por um parasita efêmero, que ousou interromper os “desafios, a ousadia e a criatividade”, lema da campanha que elegeu Elias e sua diretoria em 2018, para gerir os destinos da AAPI por quatro anos.

Com seu entusiasmo, sorriso largo e andar garboso, Elias cativava a todos que o procuravam, dando soluções imediatas aos problemas a ele elencados. “ninguém saía de uma conversa com ele sem uma posição definida e/ou uma solução para o problema apresentado”.

Triste saber, que aquele jovem nascido em Itarana no interior do Espírito Santo, que enfrentou os infortúnios, trabalhando no Programa de erradicação da Malária, e posteriormente após aportar no Vale do Aço, trabalhou por décadas na Usiminas. Transformando-se em um homem de coração gigante, teve seu destino tolhido por uma parada cardíaca, no mesmo coração onde ele guardava a sete chaves, sua imensa gama de generosidade.

Vai em paz meu amigo Elias, vai para os braços do Pai, alegrar com sua voz grave os seus amigos de outrora que também descansam no ambiente celeste. Vai em paz, em busca da serenidade eterna, siga em paz “com os EPI’s e pedalando sua calanga”, pois aqui ficamos pesarosos, sabendo que esse seu mesmo coração que se agigantou um dia para nos acolher, infelizmente não aguentou a carga e agora, só lamentamos a lacuna imensurável que você, “bonitão”, (alcunha que te acompanhará para sempre), nos deixa.

Não apenas esposa, filhos, netos, amigos estão órfãos, mas sim, toda essa família que você construiu e cativou na AAPI. Nossa sincera homenagem póstuma, ao visionário de voz eloquente, ao cantor, ao amigo, ao mestre, ao pai, enfim, àquele que nos ensinou sobre o coração ser um órgão que além de bombear sangue, também é capaz de espalhar sentimentos afetivos.

* Articulista
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