29 de março, de 2021 | 11:00

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Fernando Rocha

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Fernando RochaFernando Rocha
Se não houver uma reviravolta, em razão do agravamento da pandemia de Covid-19, o Campeonato Mineiro recomeçará nesta quinta-feira com a realização dos jogos da 6ª rodada na fase de classificação.

O Cruzeiro não faz boa campanha e está em 5º lugar, com sete pontos ganhos, duas vitórias, um empate e duas derrotas, atrás de Caldense com oito, Athletic de São João Del Rei, que tem nove pontos, América com 12 e o líder, o Atlético, com 15, que seriam hoje os quatro classificados para a semifinal.

O técnico Felipe Conceição ainda busca a formação ideal e aproveita os dias da paralisação do Mineiro para comandar treinos na Toca II. Com razão, o torcedor celeste anda desconfiado, chateado com a situação vivida pelo clube, e espera que nos dias de treinamento alguma coisa aconteça para melhor em relação à produção da equipe, que ainda não convenceu em nenhum dos seis jogos disputados até aqui na temporada.

Dívida bilionária
O assunto mais comentado do Galo desde a semana passada é a sua enorme dívida, que estaria perto de R$ 1,2 bilhão, a ser confirmada oficialmente nos próximos dias, quando será realizada uma assembleia do Conselho Deliberativo para que a atual diretoria faça a prestação de contas do exercício 2020.

Torcedores alvinegros, assustados com o tamanho da dívida, se dividem nas críticas, mas mostram confiança na atual diretoria, muito mais pelo apoio que o clube tem dos chamados “quatro erres”, os empresários mecenas Rubens e Rafael Menin, Renato Salvador e o ex-presidente Ricardo Guimarães, responsáveis pelos investimentos atuais.

Em entrevista no fim de semana ao portal “FalaGalo”, Rubens Menin se disse tranquilo com o planejamento que o Atlético tem feito, cortando mais de R$ 100 milhões em despesas, com a demissão de centenas de funcionários, além de outras medidas para contenção de gastos.

Quanto à polêmica questão dos juros para rolagem da dívida bilionária, algo perto de R$ 100 milhões anuais, a solução caminha para venda dos 49% que o clube ainda detém de um shopping center na capital mineira, uma decisão que vai depender de aval do Conselho Deliberativo.

FIM DE PAPO
• O mega empresário Rubens Menin deixou entender nas entrelinhas que defende esta proposta e ainda aproveitou para provocar os rivais cruzeirenses. “Uma coisa é dever e não ter patrimônio. O Atlético está construindo um estádio, tem metade de um shopping, tem um plantel avaliado em cerca de R$600 milhões. Ué! Com todo o respeito, mas quem tem problemas é o Botafogo e o Cruzeiro, que não têm patrimônio algum”, disse ao portal “FalaGalo”.

• Discordo quando Menin cita o Cruzeiro, cuja dívida também é milionária, com um time sem patrimônio suficiente para, se for o caso, utilizá-lo para pagar dívidas. O clube celeste tem uma sede administrativa no Barro Preto, e tem Toca II na Pampulha, além de outros imóveis e terrenos na capital mineira, supervalorizados e que também podem ser utilizados caso resolva seguir a mesma política para o saneamento das finanças.

• Ainda segundo o mecenas do Galo, Rubens Menin, o clube pretende realizar breve um evento, que chamou de “Galo Business Day”, onde todas essas questões da dívida serão tratadas e uma decisão sobre o futuro deverá ser tomada, pondo fim à questão da dívida, resultando no esperado equilíbrio definitivo das contas.

• Aprovo tais medidas, radicais e extremamente necessárias neste momento, mas desde que acompanhadas de mudanças transparentes e diretas no estatuto das instituições, estabelecendo bases sólidas para a adoção de boas práticas administrativas, entre elas mecanismos que possam impedir os seus dirigentes, de cometer loucuras e irresponsabilidades, ao gastar mais do que arrecadam. E caso isto ocorra, o dirigente irresponsável teria de ressarcir os prejuízos causados ao clube com o seu próprio patrimônio. (Fecha o pano!)
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