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28 de março, de 2021 | 12:00

Em defesa da vida

Luiz Carlos Miranda *


Neste momento de perdas diárias irreparáveis de milhares de cidadãos brasileiros, que tanto contribuíram com o país, assistimos parados, atônitos e, muitas vezes, impotentes a tudo que está acontecendo.

Enquanto vidas estão sendo perdidas todos os dias para este vírus que deveria ser nosso único inimigo comum, aquele que deveria estar unindo nosso povo e liderando nossa nação nessa grande guerra parece se esforçar a cada dia para dividir ainda mais o nosso país, enfraquecendo nossas instituições, dilacerando a coesão social e reduzindo nossas forças na maior batalha que enfrentamos nos últimos séculos.

Durante toda a minha vida tenho lutado pela geração de empregos e por condições dignas a todos que buscam o sustento de sua família. Pra mim, emprego de qualidade sempre foi a base de uma sociedade próspera e justa mas não se vê em nenhum outro país a dicotomia criada no Brasil entre garantir a vida e garantir empregos.

Não há atividade econômica sem vida humana, sem condições mínimas de segurança que, neste momento, foram completamente comprometidas pelo vírus. E é nítido que quanto mais rápido forem reestabelecidas essas condições mínimas mais rápido poderemos reerguer este país, gerar emprego, renda e qualidade de vida. Enquanto isso o governo precisa se concentrar em minar nosso inimigo comum unindo toda a sociedade nessa luta que exige o uso de máscara, utilização de álcool, distanciamento social e, sobretudo, a contribuição de cada brasileiro nesse processo.

“Não há atividade econômica sem
vida humana, sem condições mínimas
de segurança que, neste momento,
foram completamente
comprometidas pelo vírus”


O governo precisa oferecer as condições mínimas para as pessoas que perderam seus empregos, aos empresários que não estão podendo produzir, aproveitar os recursos tecnológicos disponíveis para qualificar essas pessoas durante esse período de modo que possam retornar às suas atividades brevemente muito mais preparadas para um mundo em constante evolução...para que depois, com vida e dignidade, possamos pagar a conta feita pelo governo para salvar seu povo.

Mas é claro... se o governo não cumprir o papel primordial para o qual foi eleito de proteger nossos cidadãos e liderar nosso país, ainda assim podemos nos reestabelecer enquanto comunidade e, com unidade, ajudarmos uns aos outros nesse momento difícil, resgatar nossa esperança em nossa família, em nossos vizinhos, na solidariedade que sempre foi marca do nosso país.

Nossos cientistas e profissionais de saúde estão fazendo sua parte e, de um jeito ou de outro, por podermos contar com esses bravos brasileiros, a vacina está chegando e vamos prevalecer. Mas as vidas perdidas por negligência e descaso não podem ser em vão. Precisamos honrar a história daqueles que foram mortos no campo de batalha, que sucumbiram à incompreensível falta de compaixão de alguns dos nossos líderes que minimizaram a crise e negligenciaram sua gravidade.

E, a melhor forma de fazermos isso é cuidarmos uns dos outros e assim que tivermos segurança, trabalharmos juntos para recuperar nossas empresas, recuperar os postos de trabalho e reconstruir um Brasil muito melhor para esta e as próximas gerações. Está na hora de irmos além das disputas políticas para pensarmos e construirmos o país. Como dizia Geraldo Vandré, “esperar não é saber, quem sabe faz a hora não espera acontecer”. O presente e o futuro do Brasil está em nossas mãos.

* Secretario geral Solidariedade Minas Gerais
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