09 de janeiro, de 2022 | 09:00

Observatório das Metropolizações e IFMG lançam mapa inédito do Vale do Aço

Divulgação
A novidade apresentada é o mapeamento da Região Metropolitana Expandida, formada por Belo Oriente, Caratinga, Coronel Fabriciano, Ipatinga, Santana do Paraíso e Timóteo, e do inédito Colar Metropolitano ContraídoA novidade apresentada é o mapeamento da Região Metropolitana Expandida, formada por Belo Oriente, Caratinga, Coronel Fabriciano, Ipatinga, Santana do Paraíso e Timóteo, e do inédito Colar Metropolitano Contraído

Celebrando os 23 anos da Lei Complementar (LC) nº 51/1998, que instituiu a Região Metropolitana do Vale do Aço (RMVA), o Observatório das Metropolizações Vale do Aço IFMG Campus Avançado Ipatinga apresenta a toda a sociedade regional a inédita Cartografia da Metropolização do Vale do Aço, com destaque para a Região Metropolitana Expandida e o Colar Metropolitano Contraído, mapeados pelo geógrafo William Passos.

Em 30 de dezembro de 1998, a LC nº 51/1998 decretou a aglutinação dos municípios de Coronel Fabriciano, Ipatinga, Santana do Paraíso e Timóteo em torno da RMVA. A mesma LC instituiu ainda o Colar Metropolitano do Vale do Aço, inicialmente constituído por 22 municípios, mas, posteriormente, por meio da LC nº 122/2012, ampliado para 24 municípios: Açucena, Antônio Dias, Belo Oriente, Bom Jesus do Galho, Braúnas, Bugre, Caratinga, Córrego Novo, Dom Cavati, Dionísio, Entre Folhas, Iapu, Ipaba, Jaguaraçu, Joanésia, Marliéria, Mesquita, Naque, Periquito, Pingo-d'Água, São José do Goiabal, São João do Oriente, Sobrália e Vargem Alegre.

Em 30 de dezembro de 1998, a LC nº 51/1998 decretou a aglutinação dos municípios de Coronel Fabriciano, Ipatinga, Santana do Paraíso e Timóteo em torno da RMVA. A mesma LC instituiu ainda o Colar Metropolitano do Vale do Aço, inicialmente constituído por 22 municípios, mas, posteriormente, por meio da LC nº 122/2012, ampliado para 24 municípios: Açucena, Antônio Dias, Belo Oriente, Bom Jesus do Galho, Braúnas, Bugre, Caratinga, Córrego Novo, Dom Cavati, Dionísio, Entre Folhas, Iapu, Ipaba, Jaguaraçu, Joanésia, Marliéria, Mesquita, Naque, Periquito, Pingo-d'Água, São José do Goiabal, São João do Oriente, Sobrália e Vargem Alegre.

Metropolização

No ano de 2019, como desdobramento da pesquisa de Tese de Doutorado desenvolvida no Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IPPUR/UFRJ), o principal centro de produção de conhecimento metropolitano da América Latina, o geógrafo William Passos identificou o Vale do Aço como a principal metropolização do interior brasileiro situada na Região Sudeste, fora do Estado de São Paulo, descoberta publicada pelo Diário do Aço em primeira mão, em 26 de maio daquele ano.

"Durante a minha pesquisa de Tese de Doutorado, desenvolvi uma metodologia inédita no Brasil, combinando os dois principais estudos do IBGE sobre o assunto – Arranjos Populacionais e Concentrações Urbanas do Brasil e Regiões de Influência das Cidades –, para mapear e classificar processos de metropolização. De imediato, já identifiquei o Vale do Aço como a principal metropolização do interior brasileiro dentro da região Sudeste fora do Estado de São Paulo. Espírito Santo não tem metropolização no interior. No Rio de Janeiro, só há a metropolização da Bacia de Campos, que é incipiente, segundo a classificação da minha metodologia e os trabalhos das professoras Joseane de Souza e Denise Terra, da Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF). E em Minas Gerais, Uberlândia, Uberaba e Montes Claros são concentrações urbanas isoladas, enquanto Juiz de Fora, embora se ligue com Chácara, Ewbank da Câmara, Matias Barbosa e Simão Pereira, não consegue formar metropolização. Assim, resta o Vale do Aço, que a minha metodologia classifica como uma metropolização de interior, consolidada, monocêntrica e de média concentração urbana", detalha o geógrafo.

Desenvolvimento regional

Diante destes resultados, o Diretor do IFMG Ipatinga, Alex Fernandes, decidiu atrair o geógrafo William Passos, colaborador do Diário do Aço desde 2019, por meio de um Projeto de Extensão, montando a sede do Observatório das Metropolizações Vale do Aço no Campus Avançado do Instituto, localizado no bairro Veneza. "Inicialmente, o contato (com o geógrafo) foi intermediado pelo Diário do Aço, que me forneceu o número dele. As instituições federais de ensino da região têm um papel fundamental no desenvolvimento científico e tecnológico, além da formação de profissionais extremamente qualificados nos mais diversos cursos ofertados. Devido à relevância para desenvolvimento econômico, educacional e social da região, a expansão da atuação destas instituições se torna uma ação estratégica para colocar a região de volta nos trilhos do crescimento econômico e social”, apontou Alex.

“No segundo semestre de 2021, o Observatório das Metropolizações começou a funcionar com a equipe técnica formada por mim, pelo William Passos, pelo técnico em Assuntos Educacionais, Lucas Pimenta, e pelo bolsista e graduando em Engenharia Elétrica, Felipe de Souza. Assim, o ano de 2022 será a chave para consolidar esse planejamento, que conta com atuação forte da direção e demais servidores do campus Ipatinga, junto às autoridades e lideranças políticas e públicas da região para que essa expansão vire realidade", destaca o diretor do IFMG Ipatinga.

Com o objetivo de produzir conhecimento para o desenvolvimento do Vale do Aço, mediante a produção e análise de informações estatísticas e geográficas sobre a economia, a população, a sociedade e o território dos 28 municípios da Região Metropolitana mais Colar Metropolitano, o Observatório das Metropolizações Vale do Aço visa ainda produzir informações de interesse científico, acadêmico, jornalístico e escolar, divulgando análises de cenários que apoiem a tomada de decisão de cidadãos, instituições, gestores públicos, investidores e empresários, colocando-se, assim, como um canal de mediação, via assessoria e consultoria técnica, do Vale do Aço com as estatísticas oficiais.

Região Metropolitana Expandida e Colar Metropolitano Contraído

A grande novidade apresentada pelo mapa que publica a Cartografia da Metropolização do Vale do Aço é o mapeamento da Região Metropolitana Expandida, formada por Belo Oriente, Caratinga, Coronel Fabriciano, Ipatinga, Santana do Paraíso e Timóteo, e do inédito Colar Metropolitano Contraído, mapeado pelo geógrafo William Passos e constituído pelos 22 municípios restantes do Colar Metropolitano.

"A Região Metropolitana Expandida, que abrange Belo Oriente, Caratinga, Fabriciano, Ipatinga, Paraíso e Timóteo, já é conhecida de outras matérias do Vale do Aço e foi diagnosticada durante o estudo que gerou o Boletim Vale do Aço PIB 2018, que publiquei junto com a Agência Metropolitana. Já o Colar Metropolitano Contraído constitui-se dos municípios do Colar fora da expansão da Região Metropolitana, acompanhando o movimento de contração do Colar diante do avanço da expansão da Região Metropolitana", completa William Passos.
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