31 de março, de 2022 | 09:00
Caratinga, Fabriciano e Belo Oriente lideram a geração de empregos na região em fevereiro
A divulgação dos resultados de fevereiro do Novo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) pelo Ministério do Trabalho e Previdência apontam para o fraco desempenho de três dos quatro municípios da Região Metropolitana do Vale do Aço (RMVA), apesar do saldo positivo do mercado de trabalho de fevereiro, com a geração de 121 vagas. Coronel Fabriciano, que criou 194 empregos com assinatura em carteira, puxou o emprego na RMVA.
Na Região Metropolitana Expandida (RME), o cenário foi completamente diferente, com Caratinga e Belo Oriente somando 357 vagas. No Colar Metropolitano Contraído (CMC), houve 17 novas contratações. Os dados foram tabulados pelo Observatório das Metropolizações Vale do Aço, instalado no IFMG Ipatinga, sob a coordenação do geógrafo William Passos, que integra a Rede Observatórios do Trabalho, do Observatório Nacional do Mercado de Trabalho do Ministério do Trabalho e Previdência, e foram fornecidos com exclusividade para o Diário do Aço.
Setores
Fernando Frazão/Agência Brasil
Grande parte das vagas formais criadas em Coronel Fabriciano foram da Construção Civil
Em Coronel Fabriciano, que liderou a geração de emprego na região, ao lado de Caratinga e Belo Oriente, as vagas formais foram puxadas pelo Setor de Serviços (geração de 90 vagas) e pela Construção Civil (geração de 87 vagas). Em Ipatinga, que registrou saldo de apenas 43 empregos, o Setor de Serviços também apresentou bom desempenho (271 novas vagas), ajudando a garantir o saldo positivo de vagas no município junto com a Indústria, que gerou 105 novos contratos.
Em Santana do Paraíso, a Indústria, que abriu 18 vagas, também ajudou a sustentar o saldo positivo de 30 empregos formais gerados pelo município, cenário oposto ao de Timóteo, que eliminou 146 postos com registro em carteira sob o impulso das 248 vagas fechadas pelo Setor Industrial.
Outros números
Já na RME, os Serviços ajudaram a alavancar o bom desempenho de Caratinga, que registrou 248 novos contratos, e de Belo Oriente, que abriu 109 novas vagas. No primeiro município, a Prestação de Serviços foi responsável por 244 novas assinaturas em carreira, enquanto no segundo, foram 61 novos registros.
Por sua vez, no Colar Metropolitano Contraído, que apresenta um mercado de trabalho menos dinâmico e mais dependente das prefeituras, em função do menor tamanho populacional dos municípios, o saldo foi a abertura de 17 novas vagas formais, decorrente do número superior de admissões (350) sobre as demissões (333).
Com isso, a região fechou o segundo mês do ano com a formalização de 121 novos empregos, a RME encerrou fevereiro com a criação de 478 novas vagas, o CMC chegou ao fim do mesmo mês com a realização de 17 novas contratações e a Metropolização do Vale do Aço garantiu, ao todo, a geração de 495 novos postos de trabalho formais, frente aos 36.677 novos empregos criados em toda a Minas Gerais e as 328.507 novas vagas geradas em todo o Brasil. Considerando os dois primeiros meses do ano, foram, no total, 956 novos empregos gerados na principal Metropolização do Interior da Região Sudeste fora do estado de São Paulo.
Contudo, o geógrafo William Passos pondera que estes números não estão consolidados. As empresas têm até 12 meses para fazer declaração de Caged fora do prazo. À medida que as informações fora do prazo forem chegando, o Ministério do Trabalho vai atualizando os meses para trás. Os números consolidados mesmo só sairão ano que vem. A qualidade dos dados é a diferença fundamental entre a estatística feita pelo IBGE, que é uma estatística oficial, que respeita os Princípios Fundamentais das Estatísticas Oficiais da ONU, e a estatística feita pelo Ministério do Trabalho, que é uma estatística administrativa, de levantamento baseado em declarações das próprias empresas. No entanto, estes são os números oficiais”, explica. Da parte do Novo Cage, o importante é observar se o mercado formal está contratando ou demitindo, ou seja, se está tendo atividade, e no caso do Vale do Aço, apesar dos números não muito bons em fevereiro, especialmente em Ipatinga, que costuma puxar o emprego na região, o mercado de trabalho formal está sim tendo atividade”, conclui.

Encontrou um erro, ou quer sugerir uma notícia? Fale com o editor: [email protected]