19 de julho, de 2022 | 11:10

Gaeco realiza operação para prender traficante, em Ipatinga

Alvo da investigação, que já foi condenado por homicídio, estava ainda com mandado de prisão por suspeita de envolvimento em assalto

Uma operação policial foi desenvolvida na manhã desta terça-feira (19), pelos policiais militares e civis do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), e resultou na prisão de dois investigados. Entre os presos está um indivíduo que estaria no comando de um ponto de tráfico no bairro esperança, em Ipatinga. F.R.D., de 34 anos, estava ainda com mandado de prisão expedido pela Justiça e cumpria pena por homicídio.

Integrante do Gaeco, o delegado da Polícia Civil, Fernando Lima, integrante do Gaeco que é um órgão formado pela PM, PC e Ministério Público, a operação faz parte dos trabalhos para coibir o tráfico de drogas. “Já tínhamos conhecimento que estava com mandado de prisão e que a PM já esteve tentando prendê-lo”, comentou o delegado em entrevista ao Diário do Aço.

Para tentar se safar da prisão, segundo os policiais civis e militares que participaram desta ação conjunta, F.R. instalou câmeras de segurança na residência dele para conseguir fugir ao notar a aproximação da polícia. “Representamos um mandado de busca para a casa dele e do seu comparsa. Com um forte aparato, mais de 20 policiais, conseguimos efetuar a prisão”, afirmou o delegado.

Na casa de F.R., na rua Vereador Samuel Gomes Lopes, os policiais aprenderam um vasto material entorpecente e objetos do tráfico. O outro preso, L.S.O., de 34 anos, foi encontrado na residência localizada no beco 20 e, nas buscas no local, apreendida uma pistola calibre 380 municiada com 18 cartuchos e com a numeração suprimida.

O tenente Glauberson comandou a equipe da PM em apoio à ação do Gaeco, além de conhecer toda a área que foi alvo da operação. “Desde que o F.R. estava no Esperança, ele não parou de cometer crimes”, revelou o oficial depois do cumprimento dos trabalhos desenvolvidos pelo Gaeco.

F.R. teria desenvolvido uma rotina para evitar ser abordado pela polícia. “Após a o mandado de prisão, na tentativa de cumprimento, ele não se encontrava mais no local. Recebemos uma informação que ainda estava no bairro e que algumas horas da noite voltava para a casa”, explicou Glauberson.

Ao ser cercado, o suspeito teria tentado fugir, jogando parte da droga pela janela e uma chave de um barraco onde estaria guardada a maior parte do entorpecente. F.R. teria sido condenado por um homicídio no Espirito Santo e já estava pagando parte da pena no regime de condicional, além de ser suspeito de um assalto na região do distrito de Barra Alegre, segundo informaram os policiais.

Alvo da operação é investigado por envolvimentos em crimes recentes

O promotor Bruno Schiavo, integrante do Gaeco, informou que F.R. possui vários inquéritos policiais e ainda possui envolvimento em registros recentes em ocorrências policiais, após sua saída do sistema penitenciário no dia 14 de abril passado. Ele ainda tem mandados de prisão expedido pela Justiça da Comarca de Ipatinga.

O alvo das investigações seria temido pela população do bairro e alvo constante de fiscalização de cumprimento de medida cautelar, entretanto, em todas as fiscalizações efetuadas por equipes da PM, ele não era localizado no endereço informado junto à Justiça.

Ainda segundo o Gaeco, L.S. seria uma espécie de “gerente” de F.R., pois além de morar também no Esperança, era um indivíduo não muito conhecido no meio policial e não levantava qualquer suspeita por parte das forças de segurança.

Durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão, na casa de F.R. foi apreendida uma bolsa verde contendo 29 pinos de cocaína, 43 buchas de maconha e um molho de chaves.

Nos fundos do imóvel foram apreendidas 892 buchas de maconha, 15 porções maiores de maconha, 57 pinos de cocaína, duas porções maiores de cocaína, uma pedra de crack, dois rolos de plástico filme, duas balanças de precisão pequenas, uma balança de precisão maior, duas sacolas com pinos vazios, duas câmeras de monitoramento e dois celulares.

“A gente conta com o apoio da sociedade. Toda informação para a gente é muito importante e por base nela, se constrói uma linha investigativa. A gene chega a representar pelos mandados e consegue fazer este trabalho”, finalizou o delegado Fernando Lima, ao realizar o balanço da operação em Ipatinga.