28 de outubro, de 2022 | 21:12
Pai que matou o filho é condenado no Tribunal do Júri de Ipatinga
Em um julgamento tenso, marcado pela tragédia que se abateu sobre uma família, foi condenado a mais de seis anos de prisão o réu Alexandre Gonçalves de Oliveira, de 40 anos. Ele enfrentou o Tribunal do Júri da Comarca de Ipatinga por matar a facadas o próprio filho, Ruan Cristiano Oliveira Silva, de 17 anos. O crime foi praticado no dia 10 de dezembro do ano passado no bairro Vila Celeste, conforme noticiado à época pelo Diário do Aço.
O réu foi julgado na manhã de quarta-feira (26) em sessão realizada no Salão do Júri Vito Gaggiato, no Fórum da Comarca de Ipatinga. O Tribunal do Júri foi presidido pelo juiz João Paulo Júnior.
O promotor de Justiça, Walter de Freitas de Moraes Júnior, representou o Ministério Público na acusação. Alexandre foi defendido pelos advogados Rogério Thomaz Pires e Thiago Xavier de Souza.
O acusado Alexandre, que se encontra recolhido na Penitenciária Dênio Moreira de Carvalho, em Ipaba, foi denunciado por homicídio triplamente qualificado, Motivo fútil, recurso que dificultou a defesa da vítima e por meio cruel.
Os defensores alegaram as teses de legítima defesa, esta que por 4x3 não foi aceita pelo Conselho de Sentença, mas a tese de homicídio privilegiado foi acatada. É quando a pessoa age em violenta emoção logo após a agressão injusta”, explica o advogado Thiago Xavier ao Diário do Aço.
Com o acolhimento da tese, as qualificadoras caíram e o juiz João Paulo sentenciou o réu a uma pena de seis anos, dois meses e 20 dias de prisão no regime fechado. Segundo o advogado, ele só não ganhou liberdade diante do fato de ter outras condenações, mas se mantida a condenação, em poucos meses deve ser solto, diante do tempo em que já se encontra encarcerado.
Recurso
A defesa adiantou que vai recorrer da pena, pois segundo os advogados, o juiz não considerou a confissão do réu e que na avaliação dos defensores, a pena poderia ser de 4 a 5 anos de prisão. O Ministério Público adiantou também que vai recorrer da decisão do Tribunal do Júri. Thiago disse que o crime teve início diante da venda de uma bicicleta da vítima.
O pai, usuário de drogas, vendeu o veículo do filho e esse fato levou à situação que terminou em homicídio. Tem o contexto familiar, sensível. Foi um sentimento muito triste durante o júri”, comentou o advogado.
Relatório do MP
De acordo com a denúncia do Ministério Público, Alexandre subtraiu uma bicicleta pertencente à vítima e a vendeu com a finalidade de arrecadar dinheiro para comprar droga. O réu chegou a mentir para o filho e afirmado que o veículo fora roubado por uma pessoa desconhecida.
No dia do crime, Ruan presenciou uma jovem de posse da bicicleta dele. Ao procurar saber dela como havia adquirido o veículo, ela respondeu ter comprado do pai dele. Isso gerou uma discussão entre pai e filho, quando Alexandre se apoderou de uma barra de ferro e desferiu um golpe na vítima.
O jovem recuou e, aproveitando-se da posição de vantagem sobre a vítima, Alexandre se armou com uma faca e passou a desferir golpes contra o filho, atingindo-o uma vez no pescoço e outras oito vezes em pontos diversos do corpo do filho. Atingido pelas facadas, o jovem foi socorrido por uma equipe do SAMU, mas morreu a caminho do hospital.
O autor do crime fugiu do local montado em um cavalo. Foi localizado depois pela Polícia Militar no distrito de Barra Alegre. Na época, ao Diário do Aço, Alexandre confirmou a venda da bicicleta do filho para comprar pedras de crack.
Alexandre, demonstrando arrependimento, disse que iria se matar e só não o fez porque a polícia o prendeu antes de executar a ação de autoextermínio. Ele revelou que além de Ruan, tem outros cinco filhos.
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Consumidor
29 de outubro, 2022 | 09:09Nosso país continua defendendo bandidos, ficam preso, durante esse tempo a família recebe, não há nenhuma correção da pessoa e torna a ser solta novamente. Esse animal não deveria ser chamado de "pai", é um covarde que não tem remorso algum. Nossa sociedade fica mais segura pela "lei das ruas" do que pela lei brasileira, uma vergonha!!!
Aos senhores que defende um ser desses, peçam muitas bençãos para nunca sofrer uma perda cruel.”
Jota
29 de outubro, 2022 | 08:05Sempre existe alguém com bronca dos americanos, mas se fosse lá, esse elemento pegaria no mínimo 25 anos sem possibilidade de condicional. Não tem o mínimo respeito pela vida humana.”
Bom
28 de outubro, 2022 | 22:17QUE NOJO ESSA LEI E SEUS DEFENSORES DÁ VERGONHA, O CARA VENDE A BICICLETA DO FILHO , ASSASSINA SEU PRÓPRIO FILHO E GANHA 6 ANOS DE PENA? CUMPRE 1/3, OU SEJA DOIS ANOS E SAI, RINDODE NOSSA CARA.
ESSE É A NOSSA JUSTIÇA VERGONHOSA ,NOJENTA E QUE ADORA BANDIDO.”