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22 de dezembro, de 2022 | 14:00

Amor e finanças podem andar lado a lado?

Ellen Silvério *

Dividir a vida com alguém não é tarefa fácil, principalmente quando o assunto envolve finanças. Desde o começo do relacionamento, já aparecem pequenas questões envolvendo dinheiro: o presente em datas comemorativas como o Dia dos Namorados e quem vai pagar as contas dos encontros e das viagens. Toda pessoa carrega simbologias e significados acerca da vida financeira. Cada indivíduo do casal traz uma bagagem afetiva e isso pode gerar conflitos.

Em meio às incertezas do país, a inflação alta e o poder aquisitivo da população sob pressão, manter o planejamento em dia é uma tarefa ainda mais desafiadora para os casais. Uma pesquisa realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostrou que entre os principais motivos de divórcio está relacionado aos problemas financeiros. Sempre costumo defender que diálogo e transparência são os pontos chave para planejar o orçamento em conjunto para definir as metas em comum, além de respeitar a individualidade do outro.

Para ajudar os casais que ainda têm dificuldade em conversar sobre o assunto, há algumas sugestões. Primeiro lugar, fale sobre dinheiro. Conversar abertamente sobre o assunto vai auxiliar a entender os cenários em que ambos estão e como sincronizá-los. Desde quanto cada um recebe, seus custos de vida, até os objetivos pessoais e comuns ao casal. É preciso pensar e sobre esse pilar, o financeiro, para não gerar depois estresses desnecessários em uma futura gestão familiar.

“Conversar abertamente sobre finanças
vai auxiliar a entender os cenários em
que ambos estão e como sincronizá-los”


Divida os gastos. As despesas de casa devem ser pensadas e divididas de acordo com o ganho de cada um. “Juntar o dinheiro recebido por ambos, pagar todas as contas e o restante direcionar para os objetivos em conjunto e individuais. Ou então, é dividir os gastos comuns de forma proporcional à renda. Nesse caso, o casal precisa estar na mesma página e saber quanto ganha cada um”, conta a educadora.

Outro ponto é não esquecer da individualidade de cada um. Tão importante quanto ter uma conversa franca para dividir despesas e gastos entre o casal é respeitar a individualidade do outro para com o próprio dinheiro. Ter um valor por mês para gastar com aquilo que deseja faz parte dos bons hábitos para a saúde financeira do casal.

Por último, mas não menos importante, alinhe os sonhos e objetivos. É importante estarem alinhados em relação aos sonhos e objetivos a serem alcançados juntos. E, em um mundo onde não é possível fugir do dinheiro, ele também precisa entrar nessa equação. Ter objetivos financeiros em conjunto ajuda não só na organização das finanças para os ambos e o planejamento do futuro a dois, como também fortalece a própria relação. Liste os objetivos e define prioridades no curto, no médio e no longo prazos.

* Educadora financeira. 

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