13 de janeiro, de 2023 | 14:00

Opinião: A saúde agora também é .com

Rodrigo Felipe*

Os avanços na saúde são visíveis a olho nu. Quando observamos essa constatação, temos a tendência de enxergar somente as descobertas científicas, as inovações em tratamentos contra diversas doenças e a invenção de novos equipamentos que revolucionam a medicina. Isso tudo é importante, claro, mas é preciso ter uma visão ainda mais ampla sobre a prestação de saúde. Dispomos hoje de muitos aparatos em nosso dia a dia, e que podem ser utilizados a serviço do bem-estar.

É nesse sentido que a telessaúde ganha força em todo o mundo, e, ao que tudo indica, também passará a ganhar força no Brasil a partir de 2023. Isso graças à Lei 14.510/22, sancionada no finzinho do ano passado, que autoriza a prática da telessaúde em todo o território nacional. De fato, essa nova lei é a homologação de uma realidade já óbvia: a de que a medicina também tem grande potencial de usufruir das tecnologias da informação, prestando um atendimento aos usuários à distância, mas com a mesma qualidade do que é oferecido nos consultórios, clínicas e hospitais.

Aliás, os cuidados com a saúde sempre evoluíram no sentido de ampliar sua acessibilidade, oferecendo condições adequadas a cada tipo de necessidade. Prova disso são as equipes de Estratégia de Saúde da Família (ESFs), que vão periodicamente à residência do paciente – um serviço que funciona no país há quase 30 anos. A telessaúde pode ser vista, então, como o passo seguinte dessa mudança, preservando o benefício da autonomia dada ao profissional de oferecer ou não esse tipo de atendimento.

Aliás, essa é uma das condições previstas em lei. Além da decisão que compete ao profissional, preserva-se também o consentimento do paciente de ser atendido de maneira remota, bem como a dignidade e a valorização do profissional, a assistência segura e com qualidade ao paciente, a confidencialidade dos seus dados, preconizando também a responsabilidade digital e as observâncias às atribuições legais pelo profissional da saúde.

Tais regras são algumas das constantes na lei recém-criada, cujo mérito é justamente de universalizar a oferta de saúde aos mais diversos perfis de usuários. O cuidado remoto expande a própria capacidade profissional de atender um universo ainda maior de pessoas, ampliando os serviços de saúde sem abrir mão da sua qualidade. Neste sentido, estamos diante de uma grande evolução do setor da saúde. Há bons motivos para apostar que essas mudanças serão bem recebidas pela sociedade de modo geral.

* Empresário e presidente do Grupo First, responsável pela You Saúde

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