24 de janeiro, de 2023 | 17:55

Três jovens são presos por suspeita do homicídio em Cachoeira Escura, Belo Oriente

Dois jovens e um adolescente foram detidos por suspeita de envolvimento no homicídio de Tatiana das Graças Costa, de 28 anos. A vítima foi assassinada no início da madrugada desta terça-feira (24) na rua Ramiro Fernandes, no distrito de Perpétuo Socorro (Cachoeira Escura), em Belo Oriente, fato divulgado pelo Diário do Aço.

Tatiana foi encontrada caída na rua, bem perto de uma casa onde havia se mudado recentemente. Uma equipe do SAMU chegou ser acionada, mas a vítima encontrava-se em óbito com perfurações de tiros nas costas, cabeça e barriga.

Os policiais militares, acionados para atender o caso, conseguiram levantar algumas informações sobre os possíveis autores de envolvimento no assassinato de Tatiana. Segundo informou a PM, a vítima teria alguns distúrbios mentais e estaria envolvida com drogas no distrito.

O capitão Lucas Emanoel, comandante da 45ª Companhia PM, comandou uma operação que resultou na localização de dois jovens, um de 20 e o outro de 21 anos. e ainda um adolescente de 16 anos. Um revólver calibre 38 usado no crime foi apreendido, além de três celulares, R$ 150, quatro pedras de crack, seis pinos com cocaína, quatro porções de maconha e uma balança.

Uma informação que chegou à PM indicou que G.L.V., de 20 anos, havia sido visto atrás da vítima, horas antes do homicídio. Outra denúncia apontou que este rapaz teria ameaçado a jovem com um revólver. Os policiais conseguiram localizar o suspeito, que se encontrava na companhia de um adolescente de 16 anos.

O jovem de 20 anos apresentava arranhões no braço, que seriam provocados por uma pessoa, mas ele alegou que foram feitas por um gato. Já sobre o homicídio, G.L. negou ter envolvimento, apesar de confessar ter tido problemas com Tatiana.

Segundo o detido, a vítima constantemente gritava pela rua que ele teria uma dívida de R$ 3 mil com ela. Tatiana ainda dizia que se não recebesse o valor, iria cortar a cabeça da mãe dele. Esta mesma situação foi alegada pelo adolescente, sobre tais ameaças proferidas por Tatiana, porém os dois negaram ter qualquer dívida com a tal jovem.

Porém, o adolescente inocentou G.L. e confessou ter sido o autor dos tiros, mas não soube precisar a quantidade de disparos dados contra Tatiana. Possivelmente, segundo a PM, o menor estaria assumindo o crime por sua condição de menor de 18 anos e livrar o outro suspeito, que é maior de idade.

Os policiais militares foram até a casa do adolescente, na tentativa de localizar a arma usada no crime, mas sem sucesso da localização. Todavia, os PMs encontraram crack e cocaína no quarto do menor infrator o que confirmou a denúncia da participação dele com o tráfico.

Negou envolvimento no homicídio e indicou um álibi

Em sua defesa, G.L. disse que poderia provar que não teve envolvimento com o homicídio. Ele informou que dormiu na casa de um amigo, o R.J.L.F., de 21 anos. Este suposto álibi foi encontrado pelos PMs, porém negou que G.L tenha passado a noite em sua residência.

R.J. confirmou que esteve em companhia de G.L durante todo o dia e ficaram conversando na rua até por volta das 21h. Depois, o amigo foi embora e não pernoitou na residência, ao contrário do que o suspeito disse aos policiais militares.

Neste tempo, chegaram outras denúncias anônimas indicando G.L. como o autor dos tiros, crime praticado em companhia do adolescente, e a arma seria deste maior de idade. Ele confirmou que tinha uma arma de fogo, mas não estava em seu poder e estaria com o menor infrator.

O adolescente revelou ter ficado com a arma, mas que a repassou ao R.J., suspeito que conduzido ao destacamento da PM para prestar outros esclarecimentos sobre estas novas informações.

Suspeito de envolvimento no crime entrega onde estava escondida revólver

Diante de todos os indícios apurados pelos policiais, o jovem conduzido não teve outra alternativa e revelou que a arma de fogo estava em sua casa. Porém, ao contrário do que disse o adolescente, o objeto havia sido entregue por G.L, cerca de uma hora depois do homicídio.

O revólver de calibre 38, sem munição e numeração raspada, foi localizado pelos policiais militares. O objeto se encontrava envolto em um pano, escondido debaixo de uma máquina de lavar roupas no terraço da casa do terceiro envolvido, como R.J. indicou aos policiais.

O suspeito G.L., que nega a autoria no homicídio, assumiu estar envolvido com o tráfico de drogas e indicou um barranco, nas proximidades de uma escadaria, onde há uma casa abandonada, como local usado para esconder o entorpecente. Os militares encontraram uma mochila contendo pinos com cocaína e quarto porções de maconha.

Os objetos ilícitos foram recolhidos juntamente com um telefone da vítima, localizado na escadaria usada pelos suspeitos para o tráfico, Os aparelhos telefônicos dos abordados, bem como dinheiro e a arma de fogo, também foram apreendidos. Os três foram apresentados ao plantão da 1ª Delegacia Regional de Policia Civil, em Ipatinga.