08 de fevereiro, de 2023 | 16:52
Operação Má Influência: influencer digital e médico são condenados por tráfico de drogas, associação para o tráfico e falsidade ideológica
Reprodução de vídeo
Além do tráfico de anabolizantes os sentenciados também atuavam no comércio clandestino de celulares, sem recolher impostos ou fornecer notas fiscais aos clientes

Alvos de operação deflagrada em maio de 2022, o Lohan Ramires, de 29 anos, o médico Leonardo Pinder Fontes, ambos de Uberlândia, foram condenados, respectivamente, a 18 anos, sete meses e dez dias e 11 anos e cinco meses de reclusão.
Segundo denúncia ofertada pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), os dois agiram de forma concertada, com o intuito de adquirir fármacos anabolizantes de uso controlado, com o objetivo de vendê-los na cidade de Uberlândia, e também prejudicar direito das pessoas que tiveram os dados utilizados em notas fiscais ideologicamente falsas, despistar a ação das autoridades de fiscalização sanitária e aumentar a clientela do médico que atua no ramo da nutrologia.
Divulgação PCMG
Em uma das fases da operação foram apreendidos cerca de R$ 120 mil em dinheiro, dez veículos de luxo, dezenas de celulares, computadores, notebooks, aparelhos de televisão e outros itens

Os dois foram alvos da operação Má Influência, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e Coordenadoria Regional de Defesa da Ordem Econômica e Tributária de Uberlândia e pelas Polícias Civil e Polícia Militar.
À época das investigações, o médico chegou a confessar que o intuito maior era, ainda que indiretamente, o lucro fácil, porque o volume de atendimentos em sua clínica iria aumentar, já que o influencer tinha mais de 500 mil seguidores em uma mídia social na internet. Notas fiscais apreendidas evidenciaram a aquisição dos anabolizantes diretamente de uma distribuidora de Goiânia, totalizando 498 canetas do fármaco de uso controlado a um custo de R$230.644,82.
Reprodução
Leonardo Pinder seria o responsável por emitir as receitas para que o influencer Lohan Ramires pudesse vender medicamentos controlados usados como hormônio do crescimento

Parte das notas fiscais eram emitidas em nome de terceiros, com o fim de despistar a ação das autoridades, porém o endereço utilizado pertencia ao influencer, local onde chegavam as substâncias entorpecentes que eram negociadas, em sua maioria, em academias de Uberlândia.
A Operação Má Influência” foi realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e a Coordenadoria Regional da Ordem Econômica e Tributária do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) com apoio das polícias Civil e Militar. (Com informações da Ascom MPMG)
Álbum pessoal
O influenciador Lohan Ramires foi condenado pelos crimes de tráfico de drogas, associação criminosa e falsidade ideológica

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Chocado
08 de fevereiro, 2023 | 17:07Pra ver como são as coisas, e pra aprender a nunca confiar nas pessoas... Conheço o indivíduo a anos e nem sabia que era médico...”