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05 de março, de 2023 | 09:00

Ex-prefeito de Ipatinga, Robson Gomes afirma: ''fui sim o dono da caneta''

Cíntia Menezes
Desde que deixou a prefeitura, Robson não ocupou cargos públicos e políticos Desde que deixou a prefeitura, Robson não ocupou cargos públicos e políticos
Bruna Lage - Repórter Diário do Aço
O ano que antecede as Eleições Municipais costuma ser de especulação e conversas de bastidores. Em épocas como essa, nomes de políticos começam a circular pela cidade, assim como daqueles que já não estão mais em cargos públicos, mas que tiveram destaque por algum motivo. No caso de Robson Gomes, ex-prefeito de Ipatinga entre 2009 e 2012, muito se falou, nos corredores do prefeitura naquela época, e na política regional, que a caneta nunca o pertenceu. Em entrevista ao Diário do Aço, Robson Gomes contesta e afirma que foi, de fato, o prefeito do município.

Desde que deixou o posto, no fim do ano de 2012, Robson Gomes não teve mais nenhum vínculo com o serviço público, ou cargo público. “Sou aposentado atualmente, mas continuo ajudando as pessoas como posso. Sempre fomos referência para a comunidade e continuamos tentando ajudar, orientando, encaminhando algumas demandas. Isso tudo é possível em razão da amizade construída ao longo da vida pública”, avalia.

À época de sua eleição extemporânea em 2010, e nos meses que se seguiram, muitos questionavam se de fato o cargo era exercido por Robson. “E isso é um equívoco. As pessoas têm essa avaliação, que não é verdadeira. O que aconteceu foi que eu, pela pouca experiência que tive, procurei buscar orientação com algumas pessoas, isso sim, mas sem imposição”, afirma. O vídeo com a entrevista completa está mais abaixo.

Mudança de lado

Questionado se teria sido traído em algum momento de seu governo, o ex-prefeito avalia que é comum no fim de um mandato ter pessoas vislumbrando a permanência na “máquina” se aliando àqueles que estão na disputa. “Isso é natural e infelizmente tivemos sim casos de pessoas que pediram exoneração para agregar a outras candidaturas.

Vejo isso com naturalidade. Na minha passagem pela prefeitura adquiri experiência, com certeza, se tiver oportunidade de voltar a administrar o nosso município, voltaria, das pessoas que trabalharam comigo, com no máximo 30%. Porque hoje conheço cada setor, cada secretaria, sei do potencial de cada um e trabalharia com pessoas que realmente poderiam contribuir para que o município possa avançar”, salienta.

Boicote

Robson Gomes viveu um período difícil em Ipatinga em relação à limpeza pública. Conforme veiculado à época pelo Diário do Aço, o imbróglio ocorreu devido a um repasse de R$ 10 milhões não realizado pela PMI, situação que posteriormente motivou a paralisação do serviço na cidade. Toda a situação foi classificada como um boicote, segundo o ex-prefeito.

Ele afirma que adversários políticos tinham interesse em assumir a prefeitura e orquestraram todo o enredo. “Limpávamos uma rua, quando chegávamos no fim estava tudo sujo. Nós enfrentamos isso. Além de ter sido um período com queda de receita acentuada em Ipatinga. Mas mesmo assim, desafio quem passou depois de mim a mostrar, porque não fizeram a metade do que eu fiz. Com todas as dificuldades que enfrentei, como boicote e queda de receita”, pondera.

O ex-chefe do poder Executivo de Ipatinga assegura que deixou um legado que ninguém tira. “São realizações que conseguimos implementar. Até hoje quando chego na prefeitura o servidor pede minha volta, mas eu não tenho mais esse desejo. Quero contribuir porque aqui é a cidade que minha família vive e onde passamos nossos dias. Temos de torcer para quanto melhor, melhor. Torço para que tudo dê certo”, esclarece.

Brasil

Sobre a atual situação do país, Robson Gomes opina que esse é um momento de transição e avalia como ruim. “A população mais pobre vai pagar um preço muito alto, as medidas tomadas até agora significam prejuízo para a classe que trabalha. Infelizmente o compromisso (do governo federal) com o exterior, como Venezuela, Cuba e Nicarágua é maior. Enquanto dependemos de investimento em coisas elementares e que possam melhorar a sobrevivência do cidadão, como saúde e educação. Mas infelizmente vamos ver recursos nossos serem canalizados para outros países em detrimento das nossas necessidades”, lamenta.

Vitrine

Para Robson Gomes, administrar um município do porte de Ipatinga significa tornar-se vitrine. Ele assumiu o cargo em 2009, quando era presidente da Câmara de Vereadores e após a Justiça cassar Sebastião Quintão, prefeito eleito. Ao Diário do Aço, Robson assegurou que jamais sonhou em ser prefeito, situação que ocorreu de forma inesperada.
“Me pegou com inexperiência de gestão. Não foi fácil. Mas se hoje tivesse oportunidade de voltar, faria de forma aprimorada, melhorada, para fazer com que Ipatinga voltasse a ser referência para nossa região e estado”, conclui.

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Comentários

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11 de março, 2023 | 12:37

“Além de tudo mentiroso”

Vander Soares Viana

06 de março, 2023 | 21:02

“O pior prefeito que Ipatinga já teve e ainda fala em voltar, coitado nunca vai ganhar nem para vereador.”

Valter

06 de março, 2023 | 11:41

“Robson tinha dignidade enquanto ainda era o Robson do Sindicato, porém quando deixou de ser Robson do Sindicato pra ser Robson Gomes, a fim de ser o prefeito de Ipatinga, vendeu sua alma pra um certo político graúdo e seus aliados, daí usava sua caneta apenas pra assinar o que os poderosos que o colocaram lá queriam, dentre elas, o TAC que limitava as construções na cidade para que um certo empreendimento imobiliário numa cidade vizinha decolasse, porém nem o loteamento e nem o Robson deram certo, graças ao bom Deus.
Robson se tornou um fantoche tão logo deixou de ser vereador e o atual prefake segue na mesma trilha, vai sair da PMI com tanto processo por justamente ter a caneta mas não a autonomia e nem mesmo competência para tal, dois marionetes que estão aí pra atender o desejo dos poderosos.”

Oliveira

06 de março, 2023 | 11:00

“Esta não vence nem eleição para síndico de prédio. Tentou como vereador e não conseguiu.”

Zé Doido

05 de março, 2023 | 20:42

“Tinha a caneta sim, porém só assinava o que queriam os poderosos que o colocaram lá, era um mero fantoche, e sem essa de experiência, já era vereador e sindicalista, sabia muito bem como a máquina funcionava, agora que está aí, derrotado e destruído, não tem mais os amigos de outrora, se muito, os da Usiminas.
O atual prefeito está no mesmo caminho, outro marionete, logo logo vai ser varrido da política, quem viver verá.
O preço que o Robson pagou e paga será que valeu a pena? Acredito que não.”

Betão

05 de março, 2023 | 19:45

“O povo tem memória curta sim, caso não tivesse políticos ruins não seriam reeleitos.”

Observador

05 de março, 2023 | 15:41

“Tudo se resume numa palavra: Titere”

05 de março, 2023 | 15:03

“Péssimo.”

Célio Cunha

05 de março, 2023 | 12:53

“? muito engraçado como os ''can'' se apegam nesse dito popular em que diz que o povo tem memórias curta''. esse senhor dentre tantos outros desastres que causou a nossa querida cidade. deverá dar contas onde ele enfiou os mais de 100 milhões repassado pelo estado em decorrência de uma demanda de décadas. vinda a mesma ser paga no desgoverno dele. o resto nem dá pra comentar governo ruim, péssimo, horrível atrasado e demagogo.”

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