05 de abril, de 2023 | 15:05
Minas Gerais tem a 2ª menor taxa de mortes por choque elétrico no Brasil
Divulgação
De acordo com estudo, o estado tem 1,3 morte a cada 1 milhão de habitantes e fica atrás apenas do Rio de Janeiro

A Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade (Abracopel) divulgou seu Anuário Estatístico de Acidente de Origem Elétrica 2023, que revelou que Minas Gerais possui a segunda menor taxa de mortes por choque elétrico no Brasil. De acordo com o estudo, o estado tem 1,3 morte a cada 1 milhão de habitantes e fica atrás apenas do Rio de Janeiro (0,85 morte por 1 milhão de habitantes), noticiou a Cemig, concessionária do serviço no estado.
O percentual em Minas Gerais é 53% menor do que a média nacional, que é de 2,76 mortes a cada 1 milhão de habitantes. O estado com o maior número é o do Acre, que registra 9,79 óbitos a cada 1 milhão de pessoas.
A Cemig destaca que mantém campanhas rotineiras de conscientização da população em relação à segurança com energia elétrica. Nestas campanhas, há também visitas a canteiros de obras, escolas e outros ambientes de risco, quando são levadas informações importantes relacionadas ao tema.
O Anuário Estatístico da Abracopel também mostra que o número de fatalidades por choque elétrico caiu 12,2%, passando de 674 mortes para 592 em todo o país. Esse é o menor número desde 2018. Em Minas Gerais, no ano passado, a entidade registrou 28 mortes, ante 41 pessoas que perderam a vida em 2021 uma queda de 31,71%.
Dispositivo de segurança
Apesar de os números mostrarem uma redução nos acidentes, cuidados muito simples poderiam evitar que mais pessoas morressem por choque elétrico. O gerente de Segurança do Trabalho da Cemig, Lauro Ribeiro, explica que a instalação de um dispositivo - conhecido como DR - na rede elétrica das residências pode reduzir muito as chances de choque elétrico.
Esse dispositivo, que ganhou variações nos últimos anos e teve o seu preço bastante reduzido, tem o objetivo de detectar fugas de corrente elétrica em circuitos defeituosos. Caso isso seja detectado, o sistema é desligado imediatamente e evita que o usuário sofra choque elétrico ou que tenha danos nas instalações elétricas em função da rápida atuação do equipamento.
Desde 1997, a NBR obriga que os circuitos sujeitos à umidade em uma residência, como banheiros, garagens, áreas de serviço, cozinhas e varandas, instalem o DR. No entanto, infelizmente, a sua utilização ainda é baixa no Brasil, apesar dessa legislação ter mais de duas décadas. Esse equipamento, que não é motivo para encarecimento da obra, poderia evitar muitos acidentes elétricos e salvar muitas vidas”, explica o gerente da companhia.
É importante também que toda as casas tenham um projeto elétrico, o que facilita a manutenção e até a avaliação para o acréscimo de novas cargas, e que qualquer serviço elétrico seja feito por profissionais qualificados, para que não haja esse tipo de problema”, complementa.
A Cemig alerta também à população que, em caso de necessidade de qualquer manutenção na rede elétrica, é importante que o disjuntor da residência seja desligado para reduzir as chances de acidentes com a eletricidade. Além disso, sempre que for necessário esse tipo de manutenção, procure um profissional especializado.
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