26 de abril, de 2023 | 14:00

Opinião: O mundo comemora o livro

Luiz Carlos Amorim *

Comemoramos, novamente, no dia 23 de abril, o dia Mundial do Livro. Nestes tempos de revolução no ato de ler, há que trabalhemos ainda mais para incutir o hábito da leitura. E nesse tempo pós-pandemia, precisamos comemorá-lo imensamente, pois foi ele, o livro, que nos ajudou a superar o confinamento, o isolamento, foi quem nos ocupou a mente e o coração, depois de fazermos tudo o que era possível dentro e fora de nossas casas.

Alguns de nós até adquiriu o hábito de ler durante a pandemia, pois com tanto tempo livre, encerrados em nossas casas, acabamos, muitos de nós, lendo tudo o que havia em casa e ainda muita coisa boa que está disponível na internet. A literatura nos salvou da depressão, nos salvou de enlouquecermos, já que possibilitou-nos viajar para fora de nós através dos textos e da criatividade e imaginação de nossos escritores.

O livro digital, ou e-book, que também ajudou muito na pandemia, pois disponibilizou leitura sem custo para quem não podia sair para comprar livro, chegou há já algum tempo, prometeu substituir o livro tradicional de papel impresso, mas não foi bem assim que as coisas aconteceram. O final da primeira década deste século e o começo da segunda marcaram o começo de uma mudança nos hábitos de ler, pois as novas tecnologias de publicação e leitura de livros chegaram para revolucionar.

O Kindle, primeiro leitor eletrônico chegou e se consagrou, mas logo chegaram os tablets e ele acabou deixando de ser só e-reader para se equiparar aos outros que, diga-se de passagem, também têm a função de leitores, apesar de algum usuário nem saber disso. Até os celulares podem ser usados para lermos livros e revistas, além dos jornais.

Com tanta tecnologia, finalmente, os livros digitais também começaram a ter maior acervo em oferta. As editoras dos livros tradicionais, impressos, estão oferecendo as versões também em formato digital.
Comprovadamente, o livro como o conhecemos, de papel impresso, continua forte e vendendo cada vez mais. O e-book está crescendo, mas o livro tradicional vai continuar no mercado. O que acontece é que os dois convivem em harmonia.

Com a tecnologia a serviço da leitura, a tendência é que o hábito de ler se intensifique, até porque além do livro tradicional e do livro digital, temos também o áudiolivro, que possibilita que deficientes visuais sejam também consumidores de literatura. O áudiolivro facilita, também, àqueles que não têm tempo para ler, a oportunidade de ouvir bons textos enquanto fazem outra coisa.

Então talvez devamos comemorar tanta tecnologia a serviço da leitura, mesmo considerando que o livro físico, aquele que podemos folhear, rabiscar e ler sem dependência de nenhuma fonte de energia, a não ser a nossa visão e a vontade de ler. Por isso, ele continuará firme, mesmo com todas as outras formas de leitura que existem ou que porventura poderão vir a existir.

A verdade é que devemos comemorar o livro todos os dias, essa fonte de conhecimento, de cultura, de aventura e de pesquisa da trajetória do ser humano neste Planeta Terra. Livro é vida.

* Escritor, editor e revisor, cadeira 19 na Academia Sul-Brasileira de Letras, fundador e presidente do Grupo Literário A ILHA, com 42 anos de trajetória. Http://luizcarlosamorim.blogspot.com.br

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Comentários

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Tião Aranha

26 de abril, 2023 | 19:01

“Não sei se é o material impresso que precisa melhorar, ou se é o nível dos escritores que anda muito defasado. Mas quando fico sabendo que o Putin é um leitor assíduo de Garcia Marquez, me entristeço mesmo! - Foi a humanidade que retrocedeu ou quem sabe é o ser humano que é ignorante mesmo - a ponto de não perceber que a guerra só traz infelicidade. Com a tinta do sangue não se escreve palavra nenhuma. Risos.”

Gildázio Garcia Vitor

26 de abril, 2023 | 15:14

“Viva aos Escritores! Viva aos Leitores! Viva aos vários tipos de livros existentes hoje! Gosto somente do Livro físico, cheirando novo ou cheirando mofo, traça e barata.”

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