26 de maio, de 2023 | 13:00

Opinião: Governança Corporativa e Compliance: como transformar despesas em estratégia de lucro?

Thiago Campaz *

Alcançar o sucesso no mundo corporativo é o sonho de vários empreendedores espalhados pelo Brasil. Mas será que todos entendem quais são os requisitos para manter uma gestão que se destaque diante do mercado?

Não é segredo para nenhum executivo que um bom primeiro passo é estruturar planos de ação, promover regras e, claro, controles internos para garantir que tudo flua conforme o necessário.

Em outras palavras, trata-se de apostar em práticas de governança corporativa que estabeleçam normas para aprimorar a qualidade financeira de uma organização, suas metas e, consequentemente, impulsionar o crescimento. Porém, como isso é possível? Arriscando 100% em uma equipe altamente qualificada para o time de gestão e na sua respectiva interação com os pares.

Afinal, apenas desta forma, as empresas conseguem garantir que tudo ande conforme os valores morais, a missão e a visão que regem a rotina corporativa. Dentro do departamento financeiro, por exemplo, a solução para um dos grandes desafios dos CFOs e gestores financeiros na seniorização da equipe e na estratégia interna passa, invariavelmente, pela otimização de processos.

Alcançar a eficiência operacional já não é mais tão complicado, dado a quantidade de fintechs que fornecem soluções inteligentes para tornar processos excessivamente manuais em processos eficientes, como é o caso da gestão e conferência de despesas de reembolsos e cartões corporativos, por exemplo. Além disso, a tecnologia financeira funciona também como uma forte viabilizadora da governança corporativa e insumo estratégico para a área, por meio da vasta oferta de dados compilados sobre as despesas e custos da empresa.

Após isso, é interessante construir, desde o começo, uma estrutura organizacional que ficará responsável por estimular os processos de transparência na empresa, otimizando recursos internos e, ainda, os tipos de políticas que governarão cada processo.

“A tecnologia financeira funciona também
como uma forte viabilizadora da governança
corporativa e insumo estratégico para a área”


Lembrando que a ausência de governança corporativa (43,8%) e equipes despreparadas (36,7%) são alguns dos atuais entraves que mais dificultam a implementação de inovação nas empresas, segundo um levantamento da consultoria de inovação ACE Cortex. De acordo com o estudo, os C-levels e gerentes estão cada vez mais envolvidos com as temáticas de inovação no ambiente empresarial, ao passo que a governança corporativa tem conquistado espaço no planejamento das organizações.

Considerada um fio condutor para que a nova cultura de compromisso seja implementada no universo empresarial, a governança corporativa aliada ao compliance, minimiza as fraudes financeiras e facilita a vida do colaborador. Os reembolsos são os grandes “vilões” quando o assunto é fraude corporativa e representam 21% das artimanhas empresariais, custando aproximadamente US$2 bilhões às empresas americanas todos os anos, segundo pesquisa realizada pela Chrome River.

Nesse sentido, a partir do momento em que as práticas de governança corporativa são capazes de converter, sobretudo, princípios básicos em recomendações objetivas, as empresas chamam a atenção de investidores em potencial, que buscam a participação em uma marca de sucesso, que disponha de valores e transparência. E se não bastasse isso, as chances de sofrer com crises financeiras também minimizam, à medida que os processos são mais fluidos, facilitando a tomada de decisões.

Portanto, compliance e governança corporativa são conceitos complementares e fundamentais, uma vez que os escândalos de corrupção e fraudes financeiras só aumentam. Por isso, aposte em práticas que facilitem a tomada diária de decisões, isto fará o negócio não apenas crescer, como se consolidar no mercado. Afinal, estas práticas além de preservarem e otimizarem o valor econômico da empresa a longo prazo, facilitam o acesso a recursos e contribuem para a qualidade de gestão, longevidade e bem comum.

* CEO e co-fundador do VExpenses

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