08 de junho, de 2023 | 07:55

Jovem é baleado em possível vingança no Canaãzinho, em Ipatinga

Vítima é suspeita de homicídio praticado ano passado contra o irmão do acusado do crime da madrugada desta quinta-feira

Notícia atualizada às 9h55
Reprodução Google
O atentado contra a vítima aconteceu entre o fim da noite e o início da madrugadaO atentado contra a vítima aconteceu entre o fim da noite e o início da madrugada

Uma tentativa de homicídio a tiros na madrugada desta quinta-feira (8) resultou na prisão do suspeito de 23 anos. O crime ocorreu em um beco na rua Mar Vermelho, no bairro Canaãzinho, em Ipatinga. A vítima, o V.M., de 19 anos, é suspeita de cometer matar, no ano passado, o irmão de S.K.F., de 23 anos, que foi preso sob a suspeita de tentar vingar o assassinato. Um segundo suspeito também acabou encontrado horas depois do fato.

A Central de Operações da PM (Copom) foi informada sobre disparos de arma de fogo, no início da madrugada, na rua Mar Vermelho, conforme apurado pela reportagem do jornal Diário do Aço. As equipes foram direcionadas para o local, porém, não foi encontrada qualquer vítima. Porém, os militares depararam-se com diversos cartuchos deflagrados de arma de fogo calibre 9 milímetros na rua e em um beco. Ao todo foram recolhidos 14 estojos.

Em seguida, uma denúncia indicou que uma vítima foi encaminhada, em uma moto, até a rua Dois, no bairro Planalto. Os policiais foram ao endereço indicado e lá foi confirmando que V.M. era o baleado no atentado no Canaãzinho. Ele foi abordado e contou o que teria ocorrido.

A vítima disse que um amigo, identificado como I.G.C., de 19 anos, lhe convidou para ir até à casa dele, na rua Mar Vermelho, com o objetivo de fumarem maconha. O jovem se deslocou até o endereço, em um carro de aplicativo e deparou-se com o amigo na entrada do beco.

I.G. chamou a vítima para que lhe acompanhasse, enquanto iria buscar a moto para que saíssem. O jovem estranhou a situação e ficou parado no início do beco, quando o suspeito S.K. saiu de um lugar escuro e passou a disparar uma arma de fogo contra a vítima.

Mesmo ferido, o jovem conseguiu buscar refúgio em um bar, onde encontrava-se outro amigo, que lhe deu carona de moto até a casa onde mora. Uma equipe do SAMU socorreu a vítima e o encaminhou ao Hospital Márcio Cunha. Os médicos constataram perfurações de tiros no braço direito e na região escapular (costas).

Suspeito foi localizado, mas nega participação no crime

Os policiais foram à casa do suspeito, S.K., onde ele foi encontrado e preso. A mãe dele informou aos PMs que o filho se ausentou de casa, naquela noite, por cerca de 15 minutos. O detido negou qualquer participação no atentado a tiros e alegou não ter conhecimento sobre o ocorrido.

O amigo de V.M., que não havia sido localizado durante as primeiras buscas dos policiais, pois não dormiu em casa, acabou encontrado por volta das 9h desta quinta-feira. I.G. alegou que tem muito tempo que não vê S.K. e não tem qualquer ligação com o homicídio.

O suspeito disse que passou a noite com a namorada em um motel. Ao se dirigirem para o endereço onde mora tal namorada, I.G. alegou que não iria informar onde ela mora. Diante da suspeita, ele foi preso e conduzido também para a Delegacia de Polícia Civil, onde o outro suspeito também foi apresentado ao delegado de plantão.

Os tiros durante o atentado na madrugada atingiram o Fiat Uno de uma empresa, cujo veículo se encontrava estacionado em via pública próximo onde mora o funcionário que estava de posse do automóvel. Ao sair pela manhã desta quinta-feira, por volta das 7h30, deparou com três perfurações no carro provocadas pelos projéteis dos disparos efetuados na tentativa contra a vítima.

Vítima do atentado foi indicada como suspeita de matar um adolescente no ano passado

As equipes apuraram que V.M. foi apontado como o autor de um homicídio praticado no fim da tarde de 18 de março do ano passado, na rua 20, no bairro Planalto, fato noticiado pelo Diário do Aço, naquela ocasião.

A vítima foi Orlando Ferreira de Souza, o Orlandinho, de 17 anos, irmão de S.K., o que levanta a suspeita que o atentado possa ter sido motivado por vingança. Na época, V.M. tinha 17 anos e por ter essa idade, não ficou preso pelo ato infracional análogo ao crime de homicídio.
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