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16 de junho, de 2023 | 07:00

Fenômeno ''El Ninõ'' deve causar inverno mais quente neste ano, aponta meteorologista

Tiago Araújo
A previsão aponta para os próximos dias aumento de nebulosidade e possibilidade de chuva fraca no Vale do AçoA previsão aponta para os próximos dias aumento de nebulosidade e possibilidade de chuva fraca no Vale do Aço

Caracterizado pelo aquecimento anormal da temperatura da superfície da água do Oceano Pacífico, causando alterações no clima, o fenômeno “El Ninõ” já teve início. Com isso, o inverno deste ano, que começará às 11h58 do dia 21 de junho, deverá ser mais brando. A previsão é do meteorologista Ruibran dos Reis em entrevista ao Diário do Aço.

No mês passado, a Organização Meteorológica Mundial (OMN) já havia indicado que o El Niño teria início até o fim de setembro. Conforme a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica, os critérios usados para identificar as condições do fenômeno estão preenchidos. Desde o mês passado, a temperatura da superfície do Oceano Pacífico na linha equatorial tem se mantido mais quente que a média.

Segundo o meteorologista Ruibran dos Reis, o inverno que terá início na próxima semana não deverá ser tão rigoroso neste ano. “Devido à presença do El Ninõ, estamos esperando um inverno mais quente, com temperaturas entre dois e três graus acima da média”, afirmou.

O meteorologista também afirmou que a frente fria que se encontra atuando entre os estados de São Paulo e Paraná deverá avançar somente no fim de semana ao longo do litoral da região Sudeste. “Dessa forma, deveremos ter uma sexta-feira (16) com sol entre nuvens em todos os municípios do Vale do Aço e possibilidade de chuva de fraca intensidade no domingo (18) em Ipatinga, Coronel Fabriciano e Timóteo”, citou.

Aumento de nebulosidade
Conforme o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a frente fria não vai conseguir chegar em Minas Gerais. “No entanto, haverá aumento de nebulosidade e possibilidade de chuva fraca e isolada no Vale do Aço no fim de semana”, afirmou.

Os dados, divulgados nessa quinta-feira (8), foram reunidos em um artigo assinado pela cientista Emily Becker. "Quando o El Niño é mais forte, gerando uma temperatura da superfície do mar muito mais quente que a média, ele tem uma maior influência na mudança da circulação global, tornando os padrões de impacto mais prováveis", disse ela.

Efeitos
No Brasil, o fenômeno “El Ninõ” provoca estiagem em partes das regiões Norte e Nordeste, e mais tempestades no litoral do Sudeste e do Sul. Nos Estados Unidos, um inverno com chuvas mais intensas é esperado no sul do país, enquanto o Norte deve anotar temperaturas mais quentes.

Período
O El Niño, que ocorre em intervalos de tempo que variam entre três e sete anos, persiste em média de seis a 15 meses. As duas edições mais intensas, desde que a ciência passou a compreender o fenômeno, ocorreram em 1982-1983 e em 1997-1998.

Fim
Após o fim de um El Niño, um novo episódio só voltará a ser registrado depois que ocorre uma La Niña. Trata-se também de mudanças anormais na interação entre a superfície oceânica e a baixa atmosfera, porém em sentido inverso: há um resfriamento das águas superficiais da porção leste da região equatorial do Oceano Pacífico.
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