28 de junho, de 2023 | 12:00

Acusado de matar Caio Domingues se entrega à Polícia Civil, em Ipatinga

João Victor Bruno Coura de Oliveira, de 20 anos, se apresentou espontaneamente ao plantão da 1ª Delegacia Regional de Polícia Civil, em Ipatinga, na noite de terça-feira (27). Ele é o assassino confesso de Caio Campos Domingues, de 38 anos, morto em 4 de abril passado, e teria agido a mando da esposa da vítima, Luith Silva Pires Martins, de 39 anos, que também foi presa ainda na terça-feira.

Os dois acusados estavam em liberdade desde a decisão da Justiça de Timóteo que revogou a prisão preventiva deles. Contudo, como divulgou o Diário do Aço em primeira mão, 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) reestabeleceu a prisão preventiva contra os dois réus.

A decisão ocorrida na terça-feira ocorreu diante do recurso interposto pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), juntamente com o advogado Ignácio Luiz Gomes de Barros Júnior que atua como assistente da acusação.

Com a decisão do TJMG, foi expedida na tarde desta terça-feira o novo mandado de prisão preventiva de ambos os processados no caso. A esposa da vítima, Luith Silva, acusada de ser a mandante do crime, apresentou-se na Delegacia de Polícia Civil em Timóteo no fim da tarde do mesmo dia.

Após os procedimentos legais na Delegacia de Polícia Civil, a mulher passou por exame de corpo delito no Instituto Médico Legal (IML) de Ipatinga, no início da noite, e foi encaminhada ao presídio feminino no Vale do Aço no bairro Primavera, em Timóteo, onde encontra-se à disposição da Justiça.

Joao Victor, que era procurado pela polícia diante da decisão da Justiça, compareceu à 1ª Delegacia Regional de Polícia Civil, no centro de Ipatinga, juntamente com advogado Flaviano Dueli por volta das 20h30. Os policiais plantonistas cumpriram a ordem de prisão e o acusado agora está recolhido no Ceresp.

O jovem confessou em depoimento que matou Caio Domingues a tiros, a mando de Luith, sob promessa de pagamento de R$ 10 mil. Conforme já noticiado pelo Diário do Aço, os dois investigados já foram denunciados à justiça pelo Ministério Público. Ela, como a mandante e João Victor como o executor do crime.

Ambos chegaram a ser presos menos de 12 horas depois do assassinato. Luith foi presa na casa da mãe dela, em Timóteo. O autor confesso foi preso em sua residência, em Cava Grande, depois de ter escapado do cerco policial na noite anterior.

No começo da manhã de 5 de abril, ambos foram recolhidos ao cárcere. Entretanto, a prisão preventiva do executor do crime e da mandante foi relaxada dia 19 de abril pelo juiz titular da Vara Criminal da Comarca de Timóteo, Luiz Eduardo Oliveira de Faria.

Desde então, o MPMG e a assistência de acusação recorriam da soltura dos acusados. Em função da decisão da soltura, protestos foram feitos pelas ruas de Timóteo, conforme noticiado à época. Com a prisão dos acusados, o processo poderá ser acelerado e, caso haja decisão favorável da Justiça, enfrentarão o Tribunal do Júri.

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Advogada afirma que mulher da vítima é inocente

Em entrevista à imprensa na manhã desta quarta-feira (28), as advogadas Larissa Oliveira e Lorena Vidal, que atuam na defesa da acusada, afirmaram que em momento algum Luith Silva Pires Martins confessou o envolvimento no crime.

As advogadas atuam com a tese da negativa de autoria, disseram que a cliente é inocente e apontam uma série de arbitrariedades na prisão em flagrante da mulher, anunciam que vão recorrer da suspensão da decisão do juiz da comarca de Timóteo, que tinha liberado a cliente da prisão preventiva.

As advogadas reafirmam que Luith nunca teve a intenção de sair de Timóteo ou fugir. “Não concordamos com a decisão, mesmo porque a apresentação da nossa cliente demonstra o claro interesse dela em contribuir com o prosseguimento do feito, com a instrução processual e em não se eximir de contribuir com a Justiça. Acreditamos que essa decisão deve ser revista em tempo hábil, não só perante o egrégio tribunal de Minas Gerais, mas também em Brasília e é o que nós faremos nos próximos dias", detalhou a advogada Lorena Vidal em entrevista veiculada pela Inter TV dos Vales.