26 de agosto, de 2023 | 08:28
Deputadas e vereadoras ameaçadas em Minas Gerais têm segurança reforçada
Guilherme Dardanhan/ALMG
A deputada Lohanna: projeto aprovado na ALMG fez com que fosse ameaçada, de morte e de estupro
A deputada Lohanna: projeto aprovado na ALMG fez com que fosse ameaçada, de morte e de estuproEm nota publicada neste sábado, o Governo de Minas Gerais anuncia que, por meio das Forças de Segurança, tem tomado providências necessárias para garantir a segurança das parlamentares ameaçadas e identificar e punir os autores dos crimes.
A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) abriu inquérito para investigar as ameaças de violência sofridas por deputadas da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) e vereadoras da Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH). As investigações serão conduzidas pela Delegacia Especializada de Investigação de Crime Cibernético, em conjunto com a Delegacia Especializada de Investigação de Crimes de Racismo, Xenofobia, LGBTfobia e Intolerâncias Correlatas e Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher”, informa a nota do governo.
Conforme o governo, as primeiras providências policiais já foram adotadas, com o objetivo de preservar dados e garantir as informações necessárias para identificação dos responsáveis e responsabilização criminal dos envolvidos nos ataques contra pessoas e instituições democráticas.
Já a Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) irá fazer a escolta das parlamentares de forma ostensiva, com policiais devidamente fardados, por um período determinado. Ao término desse prazo, será feita nova avaliação sobre a continuidade da escolta”, acrescenta a nota.
O Governo de Minas tem como prioridade a proteção dos mineiros, incluindo os representantes da população democraticamente eleitos. O governador Romeu Zema se solidariza com as vítimas e repudia quaisquer atos ou discursos de violência contra parlamentares e acompanha as investigações e demais ações das Forças de Segurança”, conclui a nota.
Entenda o caso de ameaças a parlamentares
Barbara Crepaldi
As vereadoras Iza Lourença e Cida Falabella, ambas do PSOL, foram ameaçadas de morte e de 'estupro corretivo'
As vereadoras Iza Lourença e Cida Falabella, ambas do PSOL, foram ameaçadas de morte e de 'estupro corretivo'A deputada estadual de Minas Gerais Lohanna França (PV) denunciou, esta semana, que foi ameaçada de morte e de "estupro corretivo". As ameaças foram recebidas em e-mail institucional. Em nove dias, seis parlamentares de quatro estados denunciaram ameaças de "estupro corretivo" como "cura" para o fato de, supostamente, serem gays ou defensoras da causa.
Antes de Lohanna, receberam ameaças semelhantes a deputada federal Daiana Santos (PCdoB-RS), as estaduais Rosa Amorim (PT-PE) e Bella Gonçalves (PSol-MG) e as vereadoras do PSol Iza Lourença (MG), Mônica Benício (RJ, viúva da vereadora Marielle Franco) e Cida Falabella (MG).
As vereadoras de Belo Horizonte, Cida Falabella (PSOL) e Iza Lourença (PSOL) denunciaram ter recebido, pelo e-mail institucional, uma ameaça de "estupro corretivo". Segundo as parlamentares, o remetente, desconhecido, afirmou que "estupro cura lésbicas" e que poderia ir à casa delas para cometer a violência. A mensagem foi enviada para as duas no dia 14 de agosto.
Projeto de lei foi o estopim para ameaças
Na mensagem, o autor das ameaças afirma que Lohanna "promove a degeneração e a irresponsabilidade feminina" por conta de um projeto aprovado pela deputada na Assembleia Legislativa de Minas (ALMG), que institui a "Semana da Maternidade Atípica" voltada para as mães cujos filhos apresentam padrão atípico de desenvolvimento, em razão de alguma deficiência.
O autor das ameaças anuncia a Lohanna que vai "chegar de fininho em sua residência e entrar escondido, você nem saberá que eu estou lá até pular em seu pescoço e te colocar em algemas". A parlamentar prestou queixa, ontem, às polícias Legislativa e Civil, depois de receber o e-mail.
Quem faz a intimidação afirma que sabe onde Lohanna mora e que vai dar-lhe um tiro na cabeça para "estragar o velório". Também afirma que o possível assassino será "a última coisa" que a deputada verá na vida.
Lohanna comentou sobre a ameaça nas mídias sociais e avisou que não se calará. "Essa é uma tentativa de silenciar as nossas vozes, porque o nosso trabalho está aqui para colocar as mulheres e as minorias nos espaços de poder para fazer discussões tão importantes para Minas Gerais, as cidades e todo o Brasil", afirmou.
(Com informações do jornal Correio Braziliense)
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Sena
26 de agosto, 2023 | 18:28Só lembrando que tem que reforçar com segurança delas sem armas,já que eles acham que quem usa arma é covarde!”
Cidrac Pereira de Moraes
26 de agosto, 2023 | 12:59O golpe na Presidente Dilma continua surtindo efeitos maléficos. É o preconceito e a truculência de sempre. Muito marmanjo frouxo e inseguro que canaliza seu ódio para quem atua e quer abrir espaços na sociedade. Não passarão.”