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02 de outubro, de 2023 | 14:00

Então tá!

Nena de Castro (*)

Odisseu ou Ulisses era um cara grego que “comeu mocotó de cachorro” e vivia andando, ou melhor, navegando por aí, vivendo aventuras sem fim. O cabra era desinquieto e por pouco não descobre o Brasil e se o tivesse feito justificaria a cisma da Bugra de que tem sangue e traços gregos, é só olhar meu perfil, destaque para o nariz e o cabelo, rsrsrs. O rapaz a princípio não queria participar da guerra de Troia, então, “vestiu uma camisa listada e saiu por aí” tomando Paraty e cantando o samba do grego doido. Descoberto, levou uma surra da mãe e teve que ir para as forças armadas da Grécia; a genitora lhe recomendou que não aceitasse o cargo de ajudante de ordens de ninguém, para não entrar em confusão de joias e golpismos por aí e “otras cositas más!”

Ara, a guerra durou cerca de 10 anos, os troianos lá dentro, os gregos ao redor do muro e Ulisses, cansado e querendo navegar até Maracangalha pra passar o carnaval, deu um jeito de sair daquela confa e bolou a ideia do cavalo de madeira cheio de guerreiros, que saíram à sorrelfa enquanto o pessoal de Troia assistia a novela das sete da TV Atenas, afiliada da rede Grobo e desceram o sarrafo!

Ulisses queria voltar para Itaca, no entanto, teve que parar em Ismarus, cidade dos sacofianos que torciam para o Coríntians. Ao tomar umas biritas num bar, os marinheiros declararam-se torcedores do Palmeiras , o pau quebrou, Ulisses perdeu 6 homens assassinados pelos torcedores do time contrário e correu pro navio. Como desgraça pouca é bobagem, uma tempestade fustigou-os por 9 dias, até que chegaram ao país do lotófanos, uma turma do Paz e Amor que comia lótus e ficava viajando de boa no astral, achando que estavam em Amsterdã. Pra tirar seus três marinheiros de lá, Ulisses teve que amarrá-los, pois a droga dava um “estado de gado” ao usuário e eles não queriam saber de mais nada, nem voltar pra casa! Depois chegaram ao país dos ciclopes, aqueles gigantes de um olho só e um tal de Polifemo deu trabalho, devorando de cara dois gregos, o que repetiu no dia seguinte.

Aí Ulisses viu que o trem tava feíssimo, ofereceu um jarro de vinho para o ciclope que dormiu e lhe furou o único olho dizendo também que se chamava Ninguém. O ciclope gritou que lhe tinham furado o olho, mas os amigos que vieram ajudar, ao saberem que “ninguém” o ferira, foram embora . Ulisses e seus companheiros escaparam e se foram para outras aventuras.

A mulher do navegador, a pobre Penélope continuou fiel, esperando o aventureiro por mais de 20 anos, tecendo um manto fúnebre pra seu sogro, cujo trabalho ela desfazia à noite. Por fim, Ulisses retorna disfarçado de mendigo e após cantar aquela canção intitulada “Maria Chiquinha”, explicou pra mulher, até jurou, que não teve nada a ver com a separação de Sandi e Lucas Lima pois “no mês de setembro não dá jamelão” e outubro já chegou! Afinal, ele não é Liev Tostoi e não escreveu “A morte de Ivan Ilitch” livro perigoso que anda separando casais por aí! E nada mais digo, rs.

(*) Escritora e encantadora de histórias.
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Comentários

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Tião Aranha

02 de outubro, 2023 | 20:26

“? muito importante ver e sentir a insatisfação com a realidade. Afinal, no mundo existe mais futilidades e bem pouco de utilidades. Talvez nas tumbas da Grécia estejam às escondidas os segredos da salvação da humanidade. Porque depois dos 11 de Setembro, o mundo perdeu a Paz. Na verdade ninguém sabe se a culpa maior foi de quem começou a guerra. Ou se, pra se ter a Paz, tem que sempre fazer a guerra. Bem fez Platão, que só viveu no seu mundo imaterial. Da imaginação! Pior foi Sócrates que falou tudo e não deixou nada escrito. Nem escondido. Risos.”

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