DIÁRIO DO AÇO SERVIÇOS 728X90

26 de outubro, de 2023 | 07:49

Mercado laboral no Brasil: uma perspectiva encorajadora?

Arquivo
Em números mais claros, 7,8% significa que o número de desempregados chegou a 8,4 milhões, ou seja, menos 528 mil brasileiros do que nos 3 meses anterioresEm números mais claros, 7,8% significa que o número de desempregados chegou a 8,4 milhões, ou seja, menos 528 mil brasileiros do que nos 3 meses anteriores

A taxa de desocupação no Brasil tem sido um ponto focal na vida dos brasileiros, refletindo as condições econômicas e as oportunidades de emprego no país. Recentemente, foram divulgados dados animadores, que apontam mais uma melhoria significativa no mercado de trabalho. Segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), a taxa de desocupação foi de 7,8% no trimestre encerrado no fim de agosto de 2023. Vale a pena realçar que este é o menor índice de desemprego registrado desde fevereiro de 2015, quando o índice atingiu 7,5%.

Em números mais claros, 7,8% significa que o número de desempregados chegou a 8,4 milhões, ou seja, menos 528 mil brasileiros do que nos 3 meses anteriores. Isso equivale a uma diminuição de 1,3 milhão de pessoas em relação ao ano de 2022. Resumindo, desde junho de 2015 que não se registrava um valor tão baixo no índice de desocupação nacional.

Segundo um estudo da Tendências Consultoria Integrada, os salários dos brasileiros devem apresentar um ligeiro avanço de 3,9% na média geral ao fim deste ano. Somando isso às descidas contínuas do desemprego nos últimos trimestres, temos uma perspectiva encorajadora do mercado laboral brasileiro.

Áreas do mercado com mais procura



Três grupos de atividades desempenharam um papel fundamental na melhoria do mercado de trabalho no trimestre encerrado em agosto.

O setor de Serviços Domésticos registrou a maior variação, com um aumento de 2,9%, representando um acréscimo de 164 mil pessoas empregadas. Em seguida, o grupo de Administração Pública, Defesa, Seguridade Social, Educação, Saúde Humana e Serviços Sociais apresentou um aumento de 2,4%, o que equivale a 422 mil pessoas, principalmente nas áreas da Saúde e da Educação pública.

O grupo de Informação, Comunicação e Atividades Financeiras, Imobiliárias, Profissionais e Administrativas também contribuiu significativamente, com um crescimento de 2,3%, representando 275 mil pessoas ocupadas.

Desafios para a população desempregada



A busca por um emprego após um longo período de ausência é uma tarefa desafiadora. Com as mudanças contínuas no mercado de trabalho, muitas pessoas sentem essa dificuldade.

É importante manter um currículo atualizado, não só com historial de empregos mas de habilidades que você possa ter adquirido no período de desemprego. Além disso, existe toda uma ciência (simples) para criar um bom currículo e, se você estiver muito desatualizado, corre o risco de falhar logo na primeira etapa da busca de emprego.

Com o rápido avanço da tecnologia e as mudanças nas práticas de negócios, é vital estar atualizado com as competências mais recentes em sua área de atuação. Isso pode ser alcançado por meio de cursos, treinamentos, workshops e certificações.

Outra estratégia importante é o networking. Manter e expandir sua rede de contatos profissionais pode ser uma fonte valiosa de informações e oportunidades de emprego. Participar de eventos e conferências é uma maneira eficaz de estabelecer conexões significativas.

Futuro do mercado laboral



Até o ano de 2025, estima-se que quatro setores-chave da economia brasileira (logística, construção civil, vestuário e energia) trarão aproximadamente 540 mil novos empregos.

A maioria dessas vagas, cerca de 95%, será direcionada a posições que exigem níveis de qualificação e formação técnica, com programas de treinamento prático de curta duração, que variam de seis meses a dois anos. Isso reflete uma tendência crescente de valorização dos profissionais técnicos.

Os salários médios esperados nesses setores podem oscilar entre R$ 1800 e R$ 6600 (estimativas fornecidas pelo Observatório Nacional da Indústria).

Uma evolução significativa nesse contexto é a crescente representação feminina em setores que tradicionalmente eram dominados por homens. É também interessante olhar para essa previsão do ponto de vista dos números do desemprego, que continua sendo mais alto entre as mulheres. Será que estas previsões indicam que poderemos estar caminhando para um mercado laboral um pouco mais igual? (Com informações do Caged e agências)
Encontrou um erro, ou quer sugerir uma notícia? Fale com o editor: [email protected]

Comentários

Aviso - Os comentários não representam a opinião do Portal Diário do Aço e são de responsabilidade de seus autores. Não serão aprovados comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes. O Diário do Aço modera todas as mensagens e resguarda o direito de reprovar textos ofensivos que não respeitem os critérios estabelecidos.

Envie seu Comentário