28 de outubro, de 2023 | 12:00
Opinião: Transformando a educação com a hiperpersonalização
Samir Iásbeck *
Imagine dois alunos: Maria, apaixonada por astronomia, sonha em entender os mistérios do universo. Já, João, adora esportes e sempre se interessou pela ciência por trás do desempenho atlético. No modelo tradicional de ensino, ambos seriam tratados da mesma maneira, com pouco espaço para explorar seus interesses particulares. A hiperpersonalização, no entanto, permite que Maria aprenda física através de problemas relacionados à formação das estrelas, enquanto João pode aprender a mesma disciplina estudando a biomecânica do movimento humano. Esta é a revolução que a hiperpersonalização traz para o ensino.A Google For Education, em um de seus relatórios recentes, destacou a personalização do aprendizado como um dos três principais caminhos para o futuro da educação. E o que é a hiperpersonalização? Trata-se da adaptação das experiências educacionais às necessidades, preferências e habilidades individuais de cada aluno. A implementação desta abordagem tem o potencial de alterar radicalmente as rotinas de professores e estudantes.
Com a hiperpersonalização, instituições de ensino reconhecem e valorizam as diferenças individuais dos alunos. Incorporando tecnologias adaptativas, análise de dados e inteligência artificial, é possível proporcionar experiências de aprendizado únicas. Por exemplo, um sistema de aprendizado adaptativo pode identificar que um aluno está lutando com um conceito específico em matemática e fornecer recursos adicionais ou exercícios práticos para ajudar a superar essa dificuldade.
Adotar a hiperpersonalização não significa apenas aprimorar a compreensão dos assuntos, mas também incentiva os alunos a assumirem a responsabilidade por seu próprio aprendizado. Desafios ajustados aos interesses dos estudantes os motivam a analisar as informações com mais atenção e a desenvolver soluções criativas.
Trata-se da adaptação das experiências
educacionais às necessidades, preferências
e habilidades individuais de cada aluno”
Além disso, essa estratégia ajuda a cultivar habilidades essenciais para o século 21, como adaptabilidade, flexibilidade e uma mentalidade de inovação e colaboração. Outros setores, como o varejo, estão incorporando a hiperpersonalização. De acordo com o estudo "Win the Town to Win the Future of Retail" do Boston Consulting Group, o setor está cada vez mais focado em entender plenamente seus consumidores para construir uma jornada personalizada.
No entanto, a implementação da hiperpersonalização não está isenta de desafios. Há questões práticas, como a necessidade de tecnologia adequada e a formação de professores para lidar com essas novas ferramentas. Mas, enfrentar esses desafios vale a pena, pois a hiperpersonalização tem o potencial de transformar a educação.
Portanto, ao abraçar as diferenças individuais e incorporar a tecnologia em nosso processo de ensino, podemos melhorar os resultados educacionais e promover uma mentalidade de lifelong learning. O caminho para uma educação transformadora passa pela hiperpersonalização. Vamos abraçar essa jornada?
* CEO e Fundador do Qranio, plataforma de aprendizagem que utiliza ludificação, também é sócio-fundador da eMiolo.com, software house inovadora com vasta experiência em soluções personalizadas para médias e grandes empresas
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Tião Aranha
29 de outubro, 2023 | 20:26Quando um indivíduo descobre suas habilidades individuais mais cedo, ela terá maiores chances de sucesso na vida, palavras de Einstein. Na evolução dessas plataformas educacionais ainda temos muito que evoluir, pois as empresas de TI relutam em pagar baixos salários, e nem o governo e nem o professorado tem intenção na prática de evoluir. É só feijão com arroz na mesa, e pronto. A Educação neste país, infelizmente, nunca esteve em primeiro plano. É somente muito barulho e nada de realização. A Sociedade brasileira é que deveria ser consultada a que tipo de escola ela quer pros filhos da nação. O resto é mimimi. Risos.”