31 de outubro, de 2023 | 07:00

Bons resultados

Fernando Rocha



A 30ª rodada do Campeonato Brasileiro disputada no fim de semana foi boa para o Galo, que fez o dever de casa ao derrotar o Fluminense por 2 x 0, dois gols de Paulinho, o “Rei” da Arena MRV, e finalmente cravou o pé no G-6, em 6º lugar, com 49 pontos ganhos, atrás apenas 4 pontos do vice-líder, Palmeiras, que tem 53.

O Cruzeiro ficou de folga, pois jogaria com o Fortaleza, que esteve envolvido na final da Sul-Americana, mas volta a campo nesta quinta-feira (2), no Morumbi, para enfrentar o São Paulo.

O time celeste vive uma situação curiosa, pois se por um lado anda pressionado pela necessidade de se afastar da zona de rebaixamento, por outro está em 13º lugar na tabela, o que lhe garante vaga na Copa Sul-Americana do próximo ano.

O América tomou outra virada, a nona nesta competição, desta vez 4 a 3 para o Grêmio, no Independência, e já pode se considerar na Série B, faltando apenas a confirmação matemática do novo rebaixamento.

Nova era

A partir de amanhã, 1º de novembro, uma nova era se inicia na história centenária do Clube Atlético Mineiro, com a instalação oficial da Sociedade Anônima do Futebol (SAF).

Por meio de uma empresa chamada Galo Holding, 75% do clube passará a ser administrado pela SAF, incluindo todos os principais “ativos”, como a Arena MRV, Cidade do Galo e jogadores do mirim ao profissional. Mas por outro lado herda todas as dívidas, hoje perto de R$ 2 bilhões.

De saída serão injetados R$ 600 milhões para quitação das chamadas dívidas “onerosas”, aquelas que foram contraídas junto a bancos e geram o pagamento de juros altíssimos.

Os principais acionistas da SAF são Rubens e Rafael Menin (67,9%), Ricardo Guimarães (10,2%), além de dois fundos de investimentos com 10,9% cada um.

Ao clube ou associação caberá 25%, mas a exemplo de outras SAFs, o presidente não decide nada mais sobre o futebol e fica restrito à administração dos clubes sociais, que são o Labareda e Vila Olímpica, além da valorizada sede no bairro de Lurdes, em Belo Horizonte.

FIM DE PAPO

· Assim como ocorreu dias atrás no rival Cruzeiro, haverá eleições para definir o novo presidente e a diretoria da Associação/Galo, que também promete ser bastante disputada. Embora não tenha mais influência no futebol, o cargo de presidente é muito cobiçado por vários motivos, entre eles o direito de representar o clube em festas, viagens, enfim, uma espécie de “Rei da Inglaterra”, que aparece muito e não manda absolutamente nada.

· Na prática, os novos donos do Atlético já comandam o clube há vários anos, sendo credores com centenas de milhões de reais investidos na contratação de jogadores e pagamento de dívidas. Certamente já escolheram quem vai ser o CEO, ou seu principal diretor executivo, que terá a missão de comandar o futebol, consequentemente decidir o futuro de jogadores e escolher o treinador para a próxima temporada.

· A expectativa é grande quanto a mudanças com troca de nomes, pois nos últimos dois anos o clube acumulou fracassos e só conquistou dois títulos estaduais. Com desempenho muito irregular, às vezes pífio, o time sob o comando do técnico Felipão não conseguiu empolgar a torcida e sua permanência para o próximo ano não está garantida. Vários jogadores que apresentam baixo rendimento com salários altos também não devem ficar. Outros simplesmente estão com prazos de validade vencidos e vão se aposentar.

· A torcida, por sua vez, quer um time forte capaz de competir e ganhar títulos, sem se importar com as questões internas ou políticas que envolve os bastidores do clube. Uma frase que se tornou famosa atribuída ao grande líder reformista chinês, Deng Xiaoping, pode explicar o sentimento do torcedor alvinegro em relação à SAF: “Não importa a cor do gato. O importante é que coma os ratos”. (Fecha o pano!)
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