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06 de novembro, de 2023 | 14:59

Drama começou

Fernando Rocha*

Na coluna de domingo último previmos “fortes emoções” para o torcedor cruzeirense, a julgar pela qualidade do time atual na caminhada até a última rodada.

O drama já começou nesta derrota de 2 x 1 para o Internacional, em pleno Mineirão, com requintes de crueldade ao mandar três bolas na trave dos gaúchos, que vinham em crise após perder em casa para o Coritiba e só empatar com o América.

Até entendo a reação da torcida, que protestou e chamou o time de “sem vergonha”, a partir dos 40 minutos do 2º tempo, ao ver que a derrota era iminente.

Mas o que não falta aos jogadores é vontade, raça. Não são “sem vergonha”, o grupo é fraco, o treinador de quem sempre se espera algo mais nesta situação, que tire leite de pedra, também é fraco no mesmo nível dos atletas.

Clássico ruim
O clássico entre Coelho x Galo, disputado em Uberlândia, terminou com empate de 1 x 1 e foi um dos piores nos últimos anos.

Quem viu antes a decisão da Libertadores, muito bem ganha pelo Fluminense em cima do Boca Juniors, pensou estar vendo não um dos principais clássicos do futebol mineiro, mas sim um jogo da Série C ou B do Brasileiro.

O América saiu na frente no 2º tempo, após mais uma patacoada do zagueiro Jemerson, lance muito parecido com o gol contra que fez a favor do Cruzeiro; pouco depois Paulinho empatou, num dos raros lances de criação do ataque do Galo.

Mais assustador foi o choque de cabeças entre Rubens e Rodriguinho, ambos levados ao hospital numa mesma ambulância, onde felizmente nada foi constatado de mais grave.

O time do Galo voltou a ser inoperante no ataque, não conseguiu fazer a marcação alta dos últimos jogos, outra vez deixou escapar a vitória contra um time mais fraco e virtual rebaixado.

FIM DE PAPO

• O Atlético perdeu até agora 15 pontos dos 21 possíveis em confrontos contra os quatro times que estão na zona de rebaixamento. Ainda vai enfrentar o Goiás no dia 12, na Arena MRV. Já os quatro primeiros nestes mesmos confrontos contra os prováveis rebaixados perderam cada um em média 5 pontos. Supondo que o Galo tivesse o mesmo desempenho somaria mais 10 pontos aos atuais 53, estaria com 63 pontos, à frente do Botafogo com 59, sem contar o jogo de ontem que fez contra o Vasco da Gama. Times com campanhas irregulares como a do Galo não podem sonhar com títulos.

· Ronaldo Fenômeno não quis gastar o necessário para o Cruzeiro ter um time à altura das suas tradições nesta temporada. Não precisava se igualar aos investimentos feitos pelo Flamengo, Palmeiras, Atlético, mas poderia ser um pouco mais do que os atuais R$ 3 milhões por mês de folha salarial. Não adianta plantar milho e esperar colher feijão.

· O Fluminense que acaba de conquistar a Libertadores pode servir de exemplo bem sucedido em administração do futebol. Sua folha salarial de R$ 8 milhões mensais é apenas a 11ª se comparada aos demais times que disputam a Série A. Montou, é verdade, um time com muitos veteranos, mas que ainda dão caldo e no seu plantel ninguém ganha mais de R$ 1 milhão por mês, como é o caso de Matheus Pereira, que ainda não mostrou a que veio no Cruzeiro.

· Os empresários que compraram do América a bilheteria do clássico, levando-o para Uberlândia, tiveram grande prejuízo. Pagaram R$ 1 milhão ao Coelho e ainda custearam as despesas de transporte e hospedagem dos dois times. Segundo o placar eletrônico do Parque do Sabiá, foram 5.706 pessoas presentes, apenas 4.667 pagantes, uma renda bruta de R$ 465.856,00. O olho grande dos empresários, que elevaram o ticket médio do ingresso para cerca de R$ 250, foi um dos motivos para o fracasso da promoção. Outro foi o desinteresse do povo de Uberlândia e região, que pela proximidade torce preferencialmente pelos times paulistas. E pensar que o Ipatingão está aí parado, sem jogos desde o início do ano, além do Vale do Aço torcer majoritariamente por Galo e Raposa. (Fecha o pano!)
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