14 de dezembro, de 2023 | 17:22

Alan Empereur projeta voltar a morar em Ipatinga ao fim da bem-sucedida carreira

Um dos jogadores profissionais egressos do futebol ipatinguense em atividade e com maior projeção na atualidade é o zagueiro Alan Empereur, 29 anos. Filho do ex-volante Jorge Empereur (atuou pelo Jabaquara nos anos 1980 e 1990, além de presidir este clube atualmente), Alan é um dos destaques do Cuiabá, clube emergente do futebol brasileiro, citado como exemplo de organização e de gestão. O Cuiabá o contratou após a passagem pelo Palmeiras, onde foi campeão da Copa Libertadores de 2021. O clube paulista o havia buscado por empréstimo no Verona, da Itália, em 2020.

Alan Empereur começou nas escolinhas do próprio Jabaquara, esteve na base da Usipa e depois na extinta Aciaria, clube pelo qual disputou um Mineiro infantil e iniciou uma bem-sucedida carreira.

O zagueiro esteve em Ipatinga no início do período de férias, antes de viajar à Europa juntamente com a esposa Isabela e o filho Pietro (o giro incluiu a Itália, a Espanha e a França) e concedeu entrevista ao Diário do Aço.
Aproveitou a breve estada para participar do lançamento de um empreendimento imobiliário (prédio residencial) no qual é um dos investidores, no bairro Bom Retiro, ao lado dos irmãos Alex e Alessandro e de um amigo que reside na Austrália. Aliás, os irmãos também jogaram futebol, tendo passado por alguns clubes da Segunda Divisão da Espanha, além de clubes amadores da região.

Uma de suas declarações mais importantes foi a de que, ao encerrar a carreira, pretende retornar e morar definitivamente em Ipatinga. Alan Empereur morou na Itália dos 13 aos 26 anos, onde tinha passaporte do país pela descendência italiana por parte dos avós paternos.

2023
Curtindo as férias, Alan celebrou a boa temporada. “Uma das melhores que fiz no Brasil. Pude contribuir bastante com o Cuiabá, que fez sua melhor temporada na Série A, garantindo vaga na Sul-Americana”, destacou o zagueiro, que fez mais de 45 jogos ao longo do ano e 33 só no Brasileirão, onde marcou um gol e deu uma assistência. Outro gol foi marcado na Copa do Brasil.

Atualmente, Alan tem contrato até o fim de 2024 com o Cuiabá, mas segundo ele, já há conversas com o presidente para estender ainda mais o vínculo, o que deve ocorrer depois das férias.

De Ipatinga para a Europa
O jogador lembra que começou nos gramados defendendo o Jabaquara. “Onde meu pai foi presidente. Disputei Mineiro na Aciaria no infantil. Aí fui para o Atlético, fazendo dois torneios - Votorantin e Gazetinha. Depois um olheiro me viu e me levou para a Itália, na Fiorentina, onde fiz minha categoria de base, iniciando aos 13 anos”, relembrou. “Fiquei sete anos na Fiorentina, depois rodei em clubes (Ischia, Livorno, Teramo, Salernitana, Foggia, Bari) e foi no Hellas Verona que consegui acesso à Série A. Fiquei dois anos no Verona e de lá fui para o Palmeiras”.

Segundo o zagueiro, o momento mais marcante de sua passagem pela Itália foi a vitória que garantiu o acesso do Verona, além do “primeiro jogo que fiz na divisão de elite, contra o Brescia, que tinha o Balotelli de atacante”. Além disso, recorda com carinho uma partida contra a Inter de Milão, campeã da temporada. “Não ganhamos, mas joguei bem. Saiu nos jornais falando da minha performance”. Outra boa memória é a vitória de 3 a 0 do Palmeiras sobre o River Plate, pela Libertadores, torneio que conquistou duas vezes pelo Verdão.

Sobre as diferenças entre Brasil e Europa, ele aponta que o futebol brasileiro é um pouco mais técnico, e o europeu é mais intenso. “Taticamente é mais apertado lá fora. Aqui é difícil achar jogador que tecnicamente não é bom”, resumiu.

Volta à terra natal
Embora a aposentadoria ainda esteja longe, Alan já pensa o que fazer quando chegar lá. “Quero continuar no Brasil, não sei o que o mercado vai trazer, não tenho bloqueio para nenhum lugar, mas estou feliz no Brasil e com certeza irei morar em Ipatinga no futuro, cidade que amo, que cresci, onde tenho meus investimentos, vou criar meu filho”, assegurou.

Além da carreira no futebol, Alan Empereur investe no ramo imobiliário, o que pretende manter quando pendurar as chuteiras. “Vou continuar nessa área e talvez mexer com futebol aqui, por meio de um projeto, ajudar formar jogadores e que eles sigam o mesmo caminho que eu”.