23 de dezembro, de 2023 | 12:00

Opinião: A bênção do Natal

Luiz Carlos Amorim *

Chegou o Natal. Os enfeites natalinos estão pela cidade toda, nas ruas, nas lojas, nas casas, nos jardins, os papais noéis invadiram a televisão, os jornais, as revistas, o rádio e até a Internet. Lisboa está linda. E já podemos abraçar nossos entes queridos, já podemos nos reunir para comemorar o aniversário do Menino Eterno, já podemos sorrir, pois a pandemia já não está impedindo tudo isso, apesar de a covid ainda estar por aí, mas estamos quase todos vacinados. Então teremos um Natal de verdade, finalmente.

Natal, ah, o Natal... essa época mágica de desembrulhar esperanças, de dar de presente carinho, compreensão e amor, de construir e fortalecer a paz e a fé, de engavetar a saudade... Aquela saudade pequena, que vai ficando maior e que vai doendo um pouquinho mais à medida que o Natal vai chegando. Saudade de almas queridas, como do menino aniversariante, inquilinos vitalícios de nossos corações...

E está aí o Natal, o mesmo Natal que, quando éramos crianças, trazia Papai Noel com os brinquedos, trazia a árvore enfeitada, guloseimas e canções. Canções que falavam do nascimento de um Menino Encantado que tinha o poder de modificar as nossas vidas, se quiséssemos. Ele representava o ano novo que vinha em seguida, a renovação, significava que a vida seria melhor, que nós, seres humanos, poderíamos ser melhores. Inexorável, vem a adolescência, a juventude e, adultos, vamos deixando aquela esperança mágica de lado, ocupados em sobreviver.


“Natal...essa época mágica de desembrulhar esperanças,
de dar de presente carinho, compreensão e amor,
de construir e fortalecer a paz e a fé, de engavetar a saudade”


Mas ainda há tempo de ver um raio de luz nascendo no horizonte de nossas vidas, um fio de esperança apontando o futuro. Ainda há um resto de fé se multiplicando, e este é o tempo para multiplicá-lo mais e mais. Porque o Natal é renascimento, é o encontro da paz, é busca do amor: é a comunhão com Deus. É a ternura de um menino nascendo, é um sentimento maior que nós, homens, ainda podemos exercitar. Há que querermos um Natal completo e por inteiro, um Natal verdadeiro. E o espírito do Natal, que aproxima os homens, pulsará em todo ser. E brilhará nos olhos de toda criatura, luz a colorir a vida, a semear a paz, sonhada e perseguida. E estará nas mãos de todas as pessoas, carinho a semear ternura. E soará dos lábios de cada um, canção a propagar a fé. Isto é o Natal do coração, presente maior que podemos ter.

Temos a mania de dizer, nós os adultos, que o Natal perde a graça, depois que crescemos. Mas temos que resgatar o nosso eu-criança em algum cantinho do coração, temos que continuar sendo um pouquinho criança para não deixarmos de festejar com a alma e o coração o nascimento do Menino Deus.

* Escritor, editor e revisor, cadeira 19 na Academia SulBrasileira de Letras, Fundador e presidente do Grupo Literário A ILHA, com 43 anos de trajetória. Http://luizcarlosamorim.blogspot.com.br

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Comentários

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Javé do Outro Lado do Mundo

23 de dezembro, 2023 | 16:15

“O brasileiro tá precisando de muitas bençãos porque Deus é brasileiro. Rs.”

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