27 de dezembro, de 2023 | 14:56

Leituras sobre a vida e a imagem de Pelé

Eterno rei do futebol é tema de livros um ano após sua morte

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Histórias de Pelé comovem os fãs em todo o mundoHistórias de Pelé comovem os fãs em todo o mundo
O ano de 2022 estava prestes a se encerrar quando a notícia da morte de Pelé, aos 82 anos, abalou o mundo, em 29 de dezembro. A comoção em torno do maior astro que o futebol já viu deixou uma certeza: a de sua imortalidade. Em “Pelé, O Rei Visto de Perto”, a primeira biografia publicada após a morte de Edson Arantes do Nascimento, o jornalista Maurício Oliveira faz um relato panorâmico da trajetória do Rei, acrescido de impressões e lembranças pessoais dos contatos que teve com ele.

Autor de mais de 30 livros e especialista em temas históricos, o escritor assina, pela Matrix Editora, trechos inéditos de uma entrevista feita com Pelé em 2013 para um projeto editorial. Na época, o trabalho envolveu, também, conversas com pessoas ligadas à trajetória do jogador que consolidou o futebol brasileiro e moveu uma legião de fãs. Muitos, talvez, desconheçam o Edson, o Dico, o homem simples e suas memórias. Os destaques da conversa com Pelé trazem à tona o ser humano, aquele que atende ligação do filho em frente ao jornalista e mostra pulso firme ao negar um pedido; o pai falando em relação às filhas fora do casamento e sobre os motivos para não ter contato com uma delas; a criança atingida pela catapora no dia em que ganhou uma bola e chorou abraçada ao objeto por uma semana, até se recuperar; o menino que treinou sem parar e aprendeu a usar ambas as pernas no futebol, dica do pai, Dondinho, também jogador, a quem admirava demais.

Reprodução
Detalhe da capa do livro que é a primeira biografiaDetalhe da capa do livro que é a primeira biografia
O prefácio da obra é do ex-jogador Clodoaldo, o Corró, parceiro no Santos e na seleção brasileira. Ele recorda do respeito, carinho e atenção de Dico - apelido de infância de Edson -, com seus admiradores. “Algumas vezes, ao longo da vida, eu disse pra ele o quanto o amava e perguntei se ele tinha noção de tudo o que ele havia feito, se ele sabia o tamanho imenso que tinha para o mundo”, declara.

A narrativa de “Pelé, O Rei Visto de Perto” desperta emoção mesmo em quem não teve a oportunidade de acompanhar a carreira dessa grande estrela do esporte. Mostra o anônimo por trás de obras voltadas à educação de crianças e ao amparo de idosos e o homem comum em visitas a pacientes em hospitais, a pedido de amigos. É o resgate da trajetória fenomenal do atleta reconhecido mundialmente e também um retrato do homem que irá continuar a inspirar pessoas no mundo todo. O livro tem 160 páginas.

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O personagem da vida real ocupa a ficção do autorO personagem da vida real ocupa a ficção do autor
No Tempo que o Rei Jogava
Pelé é uma dessas figuras que permanecerá para sempre no imaginário brasileiro e mundial. Denominado “rei do futebol” e considerado por muitos o maior atleta de todos os tempos, ele é inspiração para os amantes do esporte de qualquer geração - inclusive os jovens que nunca o viram em campo. É o caso de Léo, torcedor do Santos, fã do Pelé e protagonista do livro “No Tempo que o Rei Jogava”, do autor paranaense Amauri Marcondes de Oliveira.

Na história, ele tem a oportunidade única de ver o jogador em uma partida do time paulista e agarra a chance, mas antes passará por uma série de problemas ao lado da irmã, Luciana. Os dois, por exemplo, se tornaram órfãos recentemente e, por isso, foram viver com uma tia no interior de São Paulo, e é neste lugar que encontram um objeto capaz de realizar viagens no tempo.

A partir desse contexto, em uma narrativa de ficção científica, Amauri Marcondes de Oliveira trata de assuntos como o processo de luto, a importância das amizades, os laços familiares, a busca por um sonho e as consequências de uma sociedade violenta. “No Tempo que o Rei Jogava” é a quinta publicação do escritor, que desenvolveu o gosto pela leitura e depois pela escrita mesmo com pouco acesso à educação formal. Nascido em Corbélia, zona rural do Paraná, ele precisou deixar os estudos cedo para ajudar no sustento da família. Atualmente, divide o tempo entre o trabalho como pedreiro e a escrita. É autor também dos livros “Trajetória Rumo ao Desconhecido”, “O Regresso”, “A Jornada” e “O Homem Anônimo”. Com 192 páginas, o livro é da Editora Telha.
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