04 de janeiro, de 2024 | 14:00

Opinião: Falatórios

Paulo Hayashi Jr. *

A atividade cotidiana passa pela comunicação interpessoal para que as trocas e adaptações se realizem. Dependendo da habilidade dos comunicantes e da complexidade da mensagem e contexto, pode haver variação na qualidade da comunicação. Todavia, por mais simples que pareça ser a atividade, sempre é preciso estar atento para que os ruídos e as distorções não aconteçam.

A caridade na fala e na escuta auxilia na construção de um ambiente salutar de trabalho e de cooperação. Falar sem a intenção de agredir e ouvir sem a intenção de retrucar são atividades essenciais para que surja a parceria. Por sua vez, os falatórios desvairados e sem piedade tornam-se como ferrugens que minam as bases da amizade e de um clima justo ao trabalho sincero. Falar demais e escutar de menos são maneiras de ruir a boa vontade no caminho de Jesus.

“Para os missionários da luz, é vital que a caridade
venha também dos pensamentos para a boca e ouvidos”


Para os missionários da luz, é vital que a caridade venha também dos pensamentos para a boca e ouvidos. A caridade de semear o verbo edificante e de ouvir com o coração são parte da trilha da perfeição. Agir de modo inescrupuloso apenas semeia furações. Com a calma, o bom senso e a responsabilidade, as palavras podem construir a esperança e a ajuda mútua. Quem ilumina e enobrece a comunicação consegue ser um instrumento que edifica a paz e o amor. Os falatórios nada agregam. Por outro lado, a palavra amiga e cristã, o ouvido atento, a atitude de estar presente por completo, favorece o acolhimento do outro na compreensão para o progresso do ser. Não apenas o verbo está na construção do mundo, mas em seu embelezamento e vida.

* Doutor em Administração. Professor e pesquisador da Unicamp.

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