17 de janeiro, de 2024 | 17:58

Morre Uruna, ex-jogador e treinador que marcou época no futebol acesitano

Faleceu na manhã desta quarta-feira (17) o ex-jogador e treinador Uruna, que marcou época no futebol acesitano desde o fim da década de 1950. Oronides Grameliski Campos, o Uruna, tinha 87 anos, morreu depois de vários dias de internação no Hospital Márcio Cunha, em Ipatinga, após grave enfermidade.

Uruna nos tempos de jogador era um eficiente defensor, tendo jogado pelo Democrata-GV e Pastoril, em Governador Valadares, antes de mudar-se para Timóteo. Na cidade, jogou pelo Acesita e pelo Industrial. No Acesita, participou do histórico jogo contra o Santos, em agosto de 1958, no antigo campo do clube, vencido pelos donos da casa por 1 a 0 (à época, o time paulista estava em excursão pelo interior mineiro e não trouxe o então garoto Pelé, que acabara de ser campeão do mundo e estava de férias). Uruna era o último dos integrantes daquele time ainda vivo.

Carreira brilhante
Pelo Industrial, após os títulos de campeão como jogador em 1962 e 1963, levantou a taça em 1964 já como treinador, iniciando uma vitoriosa carreira à beira do gramado. Foi bicampeão acesitano pelo Vila Nova (1986 e 1987), levantou o título do Campeonato Acesitano também com o São Cristóvão (1991), dentre outros destacados trabalhos em vários clubes timoteenses. Em Ipatinga, atuou uma temporada na década de 1980, dirigindo o Iguaçu no certame da LDI.

Uruna marcou sua trajetória como um treinador “paizão” dos jogadores fora de campo, porém, extremamente exigente dentro das quatro linhas. Inovava sempre, criando e ensaiando jogadas, especialmente aquelas em que aproveitava a criatividade de seus comandados. Gostava do futebol vistoso. “Futebol é muito bonito de se ver como espetáculo, então nós que temos esta responsabilidade, devemos ser criativos e apresentarmos para o público espetáculo de qualidade, além de, com isto, podermos surpreender o adversário”, costumava dizer. O ex-treinador não atuava nos clubes timoteenses desde o fim da década de 1990, quando preferiu descansar e ser um espectador e incentivador de novos talentos.