27 de fevereiro, de 2024 | 06:00
Quase lá!
Fernando Rocha
Com os resultados da penúltima rodada, praticamente, ficou desenhado o quadro para a semifinal e o torneio da morte”, de onde sairão os dois times rebaixados no Campeonato Mineiro.Pela situação de momento, o Cruzeiro agora é detentor da melhor campanha geral e enfrentaria o Tombense, melhor segundo colocado da competição, com a vantagem do regulamento de dois empates, além de fazer o segundo decisivo confronto em casa; na outra semifinal, o América, dono da segunda melhor campanha, enfrentaria o Atlético com as vantagens citadas do regulamento.
Na luta para escapar do rebaixamento, o Democrata, com apenas 4 pontos ganhos, já garantiu vaga no torneio da morte”, mas os outros dois figurantes estão indefinidos, com mais chances para o Ipatinga, que soma 7 pontos, e o Pouso Alegre, com 6. Itabirito, Villa Nova e Patrocinense, todos com 8 pontos, correm por fora com maiores chances de escapar.
Tigre reage
A vitória de 2 x 0 sobre o Democrata quebrou um tabu de 11 anos sem o Tigre vencer a Pantera e mostrou um time quadricolor, agora sob o comando do técnico interino Fabiano Braz, totalmente diferente daquele da derrota para o Uberlândia.
Dessa vez, os jogadores mostraram raça e vontade de vencer, o que acabou resultando na vitória merecida, que ainda mantém as suas esperanças de escapar do rebaixamento.
No clássico América 1 x 1 Atlético, novamente, um péssimo futebol apresentado pelo time alvinegro, que, apesar da qualidade técnica superior, não consegue jogar bem valendo-se de bilharecos individuais, como no gol de empate alcançado aos 50 minutos da segunda etapa, depois de um chutaço de Hulk que o goleiro americano não segurou e Rubens aproveitou para mandar ao fundo das redes.
O Estadual está entrando na reta final e o time do Galo não engrena, mas o técnico Felipão parece estar em Nárnia e, diferente de todo mundo, acha que tem havido evolução.
Sobre a vitória do Cruzeiro, de 2 x 0, sobre o Pouso Alegre, na manhã calorenta de domingo, no Parque do Sabiá, em Uberlândia, poderia ter sido por um placar muito maior, pois o time celeste jogou bem e não teve maiores dificuldades.
O que não pode ser aceito, de maneira alguma, é essa história de que o time superou a eliminação na Copa do Brasil”. Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa: os estragos causados pela queda diante do modesto Sousa, da Paraíba, ainda vão ecoar por muito tempo.
FIM DE PAPO
Passaram despercebidas e não tiveram maiores repercussões na mídia as denúncias do presidente do Sousa (PB), Aldeone Abrantes, de que teria sido pressionado por gente de dentro da CBF para que vendesse o mando de campo e tirasse da sua cidade o jogo com o Cruzeiro. As suspeitas de tráfico de influência e outras irregularidades aumentam, quando se sabe que o Grupo Metrópole, que tem atuado livremente na compra desses jogos, pertence ao ex-senador e empresário Luiz Estevão, cuja ficha criminal é bastante extensa.
O recente jogo Itabirito x Atlético, comprado e transferido para Brasília pela empresa do ex-senador, teve renda inferior a R$ 1 milhão, mas o clube mandante teria recebido essa quantia para jogar na capital federal. No último domingo, a renda de Pouso Alegre 0 x 2 Cruzeiro no Parque do Sabiá foi de R$ 433.532,80 para 4.968 pagantes. O Pousão” teria recebido R$ 400 mil pela venda do mando de campo, mais passagens e hospedagens dos dois times, despesas de arbitragem, além do borderô” da Federação Mineira de Futebol, certamente, elevaram os gastos para quase o dobre da arrecadação. Essa conta não fecha e como no mundo capitalista não existe almoço de graça, fica essa dúvida no ar.
Repercute, ainda, negativamente, a iniciativa do Ministério Público, com o aval da Polícia Militar na região, que resultou na proibição da presença de torcedores do Democrata (GV) no Ipatingão, no clássico regional disputado no último sábado. A impressão é que as nossas autoridades superestimaram um possível confronto entre as pequenas torcidas organizadas do Tigre e da Pantera, que nem de longe se comparam às outras de grandes clubes nacionais, onde, de fato, cenas graves de violência são registradas cotidianamente, sem punição equivalente para os culpados.
Um oficial de alta patente, hoje na reserva da PM, que atuou no policiamento de clássicos disputados no Ipatingão há alguns anos, quando havia torcidas divididas ao meio e publico superior a 30 mil pessoas presentes, ouvido pela coluna, lamentou a decisão tomada pelas autoridades, pois isso atrapalha o brilho do espetáculo”. Em sua opinião, no máximo, viriam de GV para Ipatinga dois ônibus com cerca de 100 pessoas, e então bastaria que fossem recebidos na BR-381, na altura da Cenibra, escoltados até o estádio e isolados na arquibancada. Depois do jogo terminado, seriam devidamente escoltados em segurança para retornarem às suas casas. (Fecha o pano!)
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