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03 de março, de 2024 | 00:01

Trem da Vale exibe filmes de moradores vizinhos à ferrovia

Os trens de passageiros da Estrada de Ferro Vitória a Minas já estão exibindo alguns filmes produzidos por vizinhos da ferrovia. Durante o trajeto interligando Belo Horizonte a Vitória, e vice-versa, é possível assistir a dez produções feitas por moradores de diferentes cidades pelo projeto Curta Vitória a Minas II, patrocinado pelo Instituto Cultural Vale por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.

Gustavo Louzada/IMA
Produção ipatinguense integra a seleção de curta-metragens exibida nas viagens de tremProdução ipatinguense integra a seleção de curta-metragens exibida nas viagens de trem
A opção de entretenimento está disponível nas telas instaladas em todos os carros da composição, tanto na classe econômica quanto na classe executiva. Cada filme tem duração entre 12 e 22 minutos. Além das produções do projeto, os passageiros podem assistir a filmes do circuito comercial durante a viagem, como: “Space Jam - Um novo legado”, “Homem-Aranha: Sem volta para casa”, “Fronzen II”, entre outros.

Os temas dos curtas-metragens são variados e alguns foram apresentados em festivais nacionais e até mesmo premiados. O biólogo Luan Ériclis, de João Neiva (ES), criou uma história que mescla uma lenda local e exalta a força da natureza e da ancestralidade africana. A artista visual Rita Bordone, de Ipatinga, combinou tradição e fantasia em uma obra baseada em fatos reais. O jornalista Nilo Tardin fez um documentário sobre a influência do rock na identidade dos moradores de Colatina.

Essas e outras histórias fazem parte do acervo que será exibido sobre os trilhos. Para Rita Bordone, a atuação no Curta Vitória a Minas II foi positiva. “Este projeto realiza sonhos. Estou muito feliz por ter participado”, comentou a autora de “Santa Cruz”. Além deste curta, integram a seleção exibida na viagem de trem mais três produções da região: “Holerite”, de Ademir de Sena Moreira (Naque); “Um Olhar para a Maternidade”, de Patricia Araújo Azevedo Alves (Coronel Fabriciano); “Bicicleta Envenenada”, de Luciene da Conceição Mendes Crepalde (Nova Era).

Imersão
Os participantes do projeto tiveram acesso a uma imersão audiovisual para aprender com profissionais do cinema princípios básicos sobre roteiro, direção, produção, direção de fotografia, som, direção de arte, edição, finalização, mobilização comunitária e direito autoral. Uma equipe de profissionais de fotografia, som e produção se juntou aos autores para gravar cada curta-metragem, envolvendo os moradores em funções técnicas, artísticas e de apoio. Eles também tiveram apoio de editor de imagens e um finalizador.

O resultado foi exibido em telas de cinema instaladas em espaços abertos nas cidades de origem dos participantes. “Foi minha primeira experiência na linguagem cinematográfica e uma aventura. Foi encantador”, disse o jornalista Nilo Tardin, autor de “Colatina, a Princesa do Rock”. Também integram essa seleção exibida nos trens de passageiros da Vale os curtas-metragens: “Reciclando Vidas e Sonhos”, de Ana Paula da Conceição Imberti (Ibiraçu-ES); “T-Rex e A Pedra Lascada”, de Luan Ériclis Damazio da Silva (João Neiva-ES); “O Último Trem”, de Fabrício Machado Bertoni (Colatina-ES); “Um Ponto Rotineiro”, de Jaslinne Pyetra Matias dos Santos (Baixo Guandu-ES); “Lia, entre o Rio e a Ferrovia”, de Elisangela Bello Pereira Barcellos (Aimorés-MG).

Márcia Foletto/Divulgação
Os carros da composição são equipados com telas de TVOs carros da composição são equipados com telas de TV
Edição de 2024
O projeto que deu origem aos filmes exibidos no trem de passageiros chegou à sua terceira edição este ano. Foram selecionados dez moradores de municípios mineiros e capixabas: Conselheiro Pena, Governador Valadares, Belo Oriente, Ipatinga, Coronel Fabriciano, Nova Era e João Monlevade, em Minas Gerais, e Ibiraçu, João Neiva e Colatina, no Espírito Santo. O resultado está disponível no site https://curtavitoriaaminas.com.br.

O objetivo é possibilitar aos moradores das cidades que se desenvolveram ao longo da Estrada de Ferro Vitória a Minas a oportunidade de contar histórias e transformá-las em filme, “registrando as memórias, os costumes, os hábitos, as lendas e as peculiaridades dessas localidades, contribuindo para o fortalecimento territorial e comunitário”, informa a produção. O projeto Curta Vitória a Minas III é patrocinado pelo Instituto Cultural Vale por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, com a realização do Instituto Marlin Azul e do Ministério da Cultura.
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