08 de março, de 2024 | 16:15

Concluído inquérito da morte da idosa estuprada pelo filho

Homem preso em flagrante vai ser julgado por estupro de vulnerável de ascendente com resultado morte

Encaminhado para a Justiça da Comarca de Ipatinga, o inquérito concluído da Polícia Civil, que investigou o estupro de uma idosa de 68 anos, violentada pelo próprio filho de 38 anos. Ele está preso desde o dia 1º de março depois de ser apanhado em flagrante no bairro Chácaras Madalena, em Ipatinga. A vítima, que ficou hospitalizada por seis dias, morreu em decorrência dos ferimentos graves sofridos nos órgãos genitais, conforme noticiado quinta-feira pelo Diário do Aço. Assista ao vídeo com entrevista no fim da notícia.

Maria Benedita de Souza Rodrigues, de 68 anos, estava internada no Hospital Márcio Cunha, em Ipatinga, desde a manhã de sexta-feira passada (1º/3) onde passou por cirurgia diante da hemorragia nos órgãos genitais, ferimentos causados pelo próprio filho, Adair de Souza Rodrigues, de 38 anos. O filho foi preso horas depois pela Polícia Militar e autuado em flagrante na Delegacia de Polícia Civil. A idosa morreu na noite de quarta-feira (6).

A titular da Delegacia de Mulheres, Ana Paula Passagli Cruz, informou nesta sexta-feira (8) sobre o teor das investigações do caso. Ela informou que durante o depoimento do indiciado, Adair alegou não se lembrar do que fez e, ao ficar sabendo da morte da mãe, teria pedido perdão a Deus.

Ele alega que toma medicamentos, mas não há qualquer laudo que comprove qualquer distúrbio mental. A idosa era acamada e apresentava sinais de problemas mentais, mas a família também não apresentou qualquer comprovação médica. Por outro lado, Adair e outros membros da família cuidavam da vítima.

Ana Paula disse que que o indiciado só tem uma passagem na polícia, por fugir de local de acidente de trânsito. Os familiares não souberam explicar o que poderia ter levado Adair a cometer o ato contra a idosa acamada.

Com a morte de Maria Benedita, a delegada aguarda os exames de necropsia e do material colhido nas roupas íntimas da vítima e no corpo para se verificar se há esperma para comprovar o ato sexual, ou seja, de conjunção carnal. Apesar disso, a lei já tipifica como estupro adverso da conjunção, pois o homem teria usado a mão para “tirar o bebê que ele colocou dentro da mãe”, como teria dito o indiciado.

Ana Paula esclareceu que Adair foi indiciado por estupro de vulnerável, sem conjunção carnal, de ascendente (mãe) com resultado morte. Caso Adair seja condenado pela Justiça, ele pode pegar de 12 a 30 anos. “Sobre ele ter alguma doença mental, isso poderá ser avaliado a pedido do juiz ou da defesa do indiciado”, concluiu Ana Paula.