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09 de março, de 2024 | 12:32

Acusados do assassinato das irmãs Elisângela e Camila viram réus na Justiça

Arquivo DA
Denúncia contra os evolvidos no brutal assassinato de irmãs em Ipatinga foi entregue sexta-feira à Justiça Criminal da Comarca de Ipatinga Denúncia contra os evolvidos no brutal assassinato de irmãs em Ipatinga foi entregue sexta-feira à Justiça Criminal da Comarca de Ipatinga

A 11ª Promotoria de Justiça de Ipatinga ofereceu denúncia contra os acusados Miguel Alves Nascimento, 18 anos, Leonardo Victor Citadino da Costa, 23 anos, e Marcelo Augusto Rodrigues, 18 anos, por serem os responsáveis pela morte das irmãs Elisângela Ribeiro da Cruz, de 50 anos, e Camila Keila Ribeiro da Cruz, de 34 anos, ocorrida na madrugada de 6 de janeiro de 2024, no bairro chácaras Madalena, em Ipatinga.

Com isso, os denunciados passam a ser tratados como réus, na Vara de Execuções Penais, Cartas Precatórias Criminais e do Tribunal do Júri da Comarca de Ipatinga. Todos os denunciados estão presos preventivamente no sistema prisional e responderão, encarcerados, durante o andamento do processo. A conclusão do inquérito, com o indiciamento dos investigados foi anunciada nesta sexta-feira (8) pelo delegado titular do caso, Marcelo Franco Marino, conforme noticiado pelo jornal Diário do Aço. A entrevista completa está ao fim do texto.
Reprodução
As irmãs, Elisângela e Camila foram as vítimas do brutal assassinato, a prmeira deixou uma filha e a segunda, um filho, ainda criançaAs irmãs, Elisângela e Camila foram as vítimas do brutal assassinato, a prmeira deixou uma filha e a segunda, um filho, ainda criança

Além do duplo homicídio com seis qualificadoras, o Ministério Público imputa aos denunciados a prática dos delitos de sequestro qualificado, estupro de vulnerável, furto qualificado e associação criminosa qualificada.
Caso sejam sentenciados em todas as acusações, eles podem pegar penas que, se somadas, podem chegar a 80 anos de reclusão. Um quarto acusado de envolvimento com o assassinato, entretanto, não será mais julgado, pois foi assassinado em Governador Valadares, para onde fugiu depois do crime.

“Tendo em vista o assassinato do autor Miguel Leonardo, ocorrido em 28 de fevereiro de 2024, na cidade de Governador Valadares, o Ministério Público deixou de oferecer denúncia em face deste, uma vez que se encontra extinta a punibilidade, nos termos do Código Penal”, enfatiza nota divulgada pela 11ª Promotoria.

O crime

A investigação da Polícia Civil confirmou que Camila mantinha um relacionamento extraconjugal com um homem. Em decorrência de desentendimentos conjugais, o amante optou por encerrar as relações com Camila. Inconformada com o término, a mulher resolveu se vingar e contratou Miguel Alves, Leonardo Victor, Marcelo Augusto e Miguel Leonardo, todos moradores do bairro Esperança e com passagens pela polícia por diversos crimes, para baterem no amante dela.
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Os três denunciados eram moradores do bairro Esperança em Ipatinga e agora estão presos Os três denunciados eram moradores do bairro Esperança em Ipatinga e agora estão presos

Conforme o relatório, na oportunidade, ficou combinado que metade do pagamento seria feito à vista, e que a outra metade seria paga com a conclusão do serviço ilicitamente acordado. Todavia, por circunstâncias alheias à vontade de Camila e dos autores, o plano não foi realizado, não chegando, nem mesmo, a ser iniciado, uma vez que o alvo não foi encontrado em sua residência.

Diante da não execução do serviço, Camila, acompanhada por sua irmã Elisângela, resolveu ir atrás dos autores para confrontá-los, exigindo o cumprimento do serviço ou a devolução dos valores que haviam sido pagos. Contudo, os autores não aceitaram a cobrança feita pelas vítimas, que foram sequestradas, uma delas estuprada, foram torturadas, tiveram telefones, joias dinheiro e o carro tomado pelos marginais. Por fim, foram levadas para o loteamento no alto do bairro Chácaras Madalena e executadas com cinco tiros cada uma.

“As investigações concluíram que Camila foi forçada a assistir a morte de sua irmã Elisângela, e, em seguida, foi executada com cinco disparos feitos com uma pistola calibre 9mm. Um dos disparos foi realizado com a arma encostada na cabeça de Camila, deixando gravado, em decorrência da queimadura na pele, o formato do cano da arma utilizada”, detalha o relatório.
Wellington Fred
O delegado Marcelo Franco Marino atuou na investigação e anunciou dia 8/3 a conclusão do inquérito O delegado Marcelo Franco Marino atuou na investigação e anunciou dia 8/3 a conclusão do inquérito

Telefones
O relatório da denúncia do MPMG, assinado pelo promotor de Justiça Igor Citeli Fajardo Castro, contendo mais de dez páginas, relata ainda que “Miguel Alves havia ficado com o aparelho celular iPhone XR, e Marcelo Augusto com o Motorola Moto G5S plus, ambos pertencentes a Camila. Durante os trabalhos investigativos, logrou-se recuperar os mencionados dispositivos. Lado outro, não se obteve êxito em recuperar o dispositivo pertencente a Elisângela, assim como os demais objetos e valores subtraídos”, observa.

O documento também cita que os autores do crime integravam um grupo temido no bairro Esperança. “Conforme apurado, os denunciados, com inequívoco animus associativo, constituíram uma sociedade ilícita, cuja finalidade precípua é a prática de atividades criminosas, sobretudo o exercício do comércio ilícito de entorpecentes nas comunidades do bairro Novo Esperança, em Ipatinga.

Durante o curso das investigações, foram deferidas medidas cautelares de extração de dados nos aparelhos telefônicos utilizados pelos denunciados. Dentre os conteúdos extraídos, destacam-se as mídias de áudio, fotográficas e audiovisuais, além das conversas de texto, via WhatsApp, revelando a robustez do vínculo associativo dos autores. Nas imagens recuperadas, os denunciados aparecem portando drogas e armas de fogo, dentre elas, uma pistola Taurus, calibre 9mm, utilizada como instrumento do crime que vitimou Camila e Elisângela”, enfatiza.

Por fim, ao pedir a pronúncia para que os denunciados sejam levados a julgamento, o representante do MPMG relata que “o fato abalou profundamente a sociedade de Ipatinga e região, sobretudo pela brutalidade dos atos praticados, em que a censurabilidade da conduta transborda as circunstâncias elementares do tipo, revelando, além do total desprezo pela vida humana, o dolo acentuado dos autores, que idealizaram e executaram crimes bárbaros, afrontando o sentimento de justiça social. Deste modo, tem-se que tal circunstância evidencia maior grau de reprovabilidade da conduta dos autores, devendo, portanto, ser valorada negativamente a título de culpabilidade intensa”, conclui.


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Comentários

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D

09 de março, 2024 | 22:06

“Chacina do Bethânia???? Cadê resposta ??”

Paulo Silva

09 de março, 2024 | 22:04

“O que ela planejava fazer com o amante foi o que aconteceu com ela e ainda levou a irmã pra cova também.
Muito cuidado com o que deseja para o próximo, pois pode ser seu o que vc deseja.”

Joao

09 de março, 2024 | 14:24

“Digas com quem tu andas que direis a ti quem tues .Fica nitido que a vitima acava de encomedar um crime como aquele de bh quanso a influeciadora contratou seus capangas para espancar seu ex e le foi morto pelo comparsa dela agora foi inverso nada justifica mas abreviou seus dias por. Nao saber q a vida so temos uma nao privou”

Coronel Telhada

09 de março, 2024 | 13:03

“Parabenizar trabalhos da Polícia Civil e da valorosa Polícia militar MG, orgulho dos mineiros, Polícia se faz com inteligência, daqui pra frente bandido coca-cola, eles mesmos resolvem, FOCO agora e outro, e claro tirar peso em cima do policial,EXCLUDENTE DE ILICITUDE, deve ser AMPLA, policial não pode ter medo enfrentamento, tem que resolver a situação, não ter carreira prejudicada.”

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