12 de março, de 2024 | 15:00
Ataque de sua torcida impõe ao Sport oito jogos de suspensão e R$ 80 mil de multa
Divulgação Fortaleza
No domingo, o Fortaleza entrou em campo com uma camisa estampada com marcas de sangue, como forma de cobrar por justiça
No domingo, o Fortaleza entrou em campo com uma camisa estampada com marcas de sangue, como forma de cobrar por justiçaEm julgamento realizado na manhã desta terça-feira (12), na sede do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), no Rio de Janeiro, a Segunda Comissão Disciplinar deste órgão puniu o Sport pelos ataques sofridos pela delegação do Fortaleza horas após o duelo entre eles pela Copa do Nordeste, no último dia 21 de fevereiro. O clube pernambucano terá que jogar oito partidas com os portões fechados, não poderá ter torcida visitante no mesmo período e terá que arcar com uma multa de R$ 80 mil. Desta decisão, ainda cabe recurso ao pleno do STJD, porém a punição passa a vigorar de imediato.
O Sport foi denunciado no Artigo 213 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) e poderia pegar até dez jogos com portões fechados. A pena de oito partidas foi sugerida pelo relator Diogo Maia e acompanhada pelos demais auditores. A punição veio em decisão unânime.
Julgamento concorrido
Além do relator e dos auditores, estiveram presentes no julgamento o vice-presidente jurídico do Sport, Rodrigo Guedes, e o diretor jurídico Silvio Baptista, além do presidente da Federação Pernambucana de Futebol (FPF), Evandro Carvalho. A sessão contou ainda com membros da diretoria do Fortaleza e da Federação Cearense de Futebol (FCF).
A defesa utilizada pelo clube pernambucano foi baseada na Lei Geral do Esporte, que diz que o Estado é o responsável pela segurança pública em dias de jogos após um raio de 5 Km do estádio. A partir daí, a responsabilidade é do time mandante.
O ônibus da delegação do Fortaleza, inclusive, estava sendo escoltado quando sofreu o atentado. O Sport considerou a atitude como um ataque planejado por uma organização criminosa”.
Ataque terrorista
O ônibus que transportava a delegação do Fortaleza foi alvo de pedras e bombas na madrugada do dia 22 de fevereiro, quando deixava a Arena Pernambuco. Seis jogadores foram feridos no ataque e precisaram ser hospitalizados. O caso mais grave é do lateral Escobar, que chegou a ser atingido por um pedaço de estilhaço na cabeça.
No último domingo (10), o Fortaleza entrou em campo pelo Campeonato Cearense, diante do Maracanã, na Arena Castelão, com uma camisa estampada com marcas de sangue como forma de cobrar por justiça, já que os envolvidos no ataque ainda não foram punidos. Até esta terça-feira, ninguém foi preso.
Dos seis jogadores que precisaram de cuidados médicos, o zagueiro Titi e o lateral Escobar ainda não voltaram a jogar. O defensor precisou passar por uma cirurgia para a retirada de fragmentos de vidro de sua panturrilha, enquanto Escobar ainda se segura de sequelas de ferimentos pós-trauma.
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