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20 de março, de 2024 | 17:00

Filme produzido no Vale do Aço pode disputar mercado nacional

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Equipe de produção e elenco: Elizeu Mol, Eduardo, Pedro, Dafny, Márcio e BatistaEquipe de produção e elenco: Elizeu Mol, Eduardo, Pedro, Dafny, Márcio e Batista
Por Silvia Miranda - Repórter Diário do Aço
Um longa-metragem produzido no Vale do Aço pretende disputar espaço no mercado comercial do cinema. Com o título "Não olhe para fora", o filme está na etapa final de produção e deve ganhar um lançamento em breve para a imprensa regional. Mas o grande desafio ainda será a busca de recursos complementares para finalizações técnicas. A explicação do diretor pode ser assistida ao fim do texto.

O roteiro começou a ser escrito em janeiro de 2022, para falar da polarização política mundial a partir do ponto de vista do Brasil, como conta o diretor Elizeu Mol. "Com a promessa da Lei Paulo Gustavo de incentivar o segmento audiovisual, fiz o segundo e terceiro tratamento do roteiro e, por meio da produtora de cinema do meu filho Zafir, a Kinox Filmes, inscrevi o projeto de realização do filme nas leis Paulo Gustavo municipal de Timóteo e na estadual de Minas Gerais", relata.

O filme tem gravações nos municípios de Timóteo, Ipatinga e Marliéria. Com um total de 82 cenas e cerca de dois meses de gravação, com parte das tomadas gravadas em estúdio, que reproduz um ambiente de uma cela de prisão.
"E tem cenas externas nas cidades e também noturnas em uma mata com mais ação. As cenas externas são as mais difíceis, pois dependem do tempo bom, não pode ventar, pois trabalhamos com fumaça para produzir neblina. Dentro de uma mata à noite, carregando gerador e equipamento pesado para cada locação, demanda bastante tempo e dá muito trabalho", destaca o diretor.
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Gravações foram feitas em Ipatinga, Marliéria e TimóteoGravações foram feitas em Ipatinga, Marliéria e Timóteo

O objetivo da produção é concluir uma primeira cópia com uma edição simples, para prestação de contas à Lei Paulo Gustavo de Timóteo, cujo edital pede o produto finalizado até junho deste ano. "Mas estamos construindo parcerias para uma pós-produção melhorada e uma boa distribuição, com mais recursos. Fechamos com a Centauro Produciones a mixagem em Dolby Atmos e a dublagem em algumas línguas, com custo de mercado de mais de R$ 2 milhões de reais", explicou.

Para a finalização e distribuição de um filme no padrão de cinema, será necessário o prazo total de no mínimo um ano. Para isso, a direção busca parcerias e recursos para tal finalização e assim disputar espaço em cinemas e canais de streamings. "Tenho reuniões presenciais previstas para mostrar o primeiro corte para algumas produtoras internacionais. A distribuição custa geralmente o dobro do valor da produção de um filme de baixo orçamento, calculado no Brasil em R$ 4 milhões. Isso é o mínimo para disputar com os filmes do mercado internacional que chegam no Brasil com muito mais recursos", aponta Elizeu Mol.

Recursos
Mesmo com a aprovação na lei de incentivo, o diretor explica que o orçamento ainda é muito baixo, menos de 10% do valor de um longa-metragem de baixo orçamento. "Mas sendo uma oportunidade única para produzir um filme e tendo um roteiro com poucas locações e apenas quatro pessoas no elenco principal, decidimos fazer com o recurso disponível. A produtora disponibilizou parte dos equipamentos não previstos na planilha e a equipe técnica também foi bem enxuta", disse.

Elizou Mol também comenta sobre o alto valor necessário para disputar o mercado comercial do cinema. “Ninguém acreditava que faríamos um longa-metragem profissional com apenas R$ 160 mil. Comparando com os filmes norte-americanos, lá custam em média 200 milhões para produção e o dobro disso para a distribuição. Então fizemos o máximo para aproveitar a oportunidade com o recurso da lei. Selecionamos e preparamos bem o elenco, planejamos muito, cuidamos da produção e da fotografia e acreditamos que será um bom filme”.
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Equipe

Elizeu Mol acumula a função de roteirista, preparador de elenco, diretor de fotografia e diretor do filme. Zafir Mol, além de contribuir com a produtora, ajuda como cinegrafista e junto a Robert de Andrade, faz a assistência de direção. Dafny Bastet fez a direção de som e o som direto. A produção é de Ton Silva e Cléria Figueiredo. José Batista de Carvalho é o nome da produção executiva e Pedro Silva fez o primeiro cameraman.

No elenco principal tem quatro pessoas: Letícia Fagnani, atriz que compôs elenco principal de filmes e séries nacionais como Os Parças; e no elenco regional Ronaldo Mafra, Cristianne de Sá e Márcio de Paula.

Dificuldades
O cineasta lembra como é difícil produzir cinema no Brasil, mesmo com todos os avanços dos últimos anos, pois é que o país conquistou no mundo da arte, encontrar profissionais e conseguir recursos é um dos pontos mais desafiadores.

“Os recursos para longas-metragens dificilmente chegam para os produtores do interior. A Lei Paulo Gustavo estadual foi uma prova disso. Uma parcela ínfima, menos de 2% do recurso chegou no Vale do Aço. Poucas prefeituras do Brasil disponibilizaram recurso para longas”, conclui.

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Comentários

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Paulo Sérgio Giusti

23 de março, 2024 | 08:41

“Que maravilha saber de mais um passo do Elizeu. É incrível seu caminho de persistência. E que coisa boa ver o Zafir, bebê na época do Viola Mágica, seguindo os passos do pai. Parabéns Elizeu.”

Ed

22 de março, 2024 | 09:35

“Felicidade em ler a materia no Jornal. Sabemos como a arte no interior é desacreditada financeiramente. Temos otimos talentos na região do Vales( Aço,Doce,Mucuri). Que este trabalho incentive outros. Expectativas de sucesso na jornada. Um abraço a todos envolvidos.”

Leonardo Puccini

20 de março, 2024 | 22:12

“Parabéns ao Elizeu que permanece com seu sonho mesmo com tantos obstáculos. Sou admirador de seu trabalho e de sua garra e dedicação. Parabéns a todos envolvidos na produção, que acreditam e comungam do mesmo sonho.”

Jns

20 de março, 2024 | 19:16

“Bons Tempos

Encontrei, há trocentos anos, o desencatado Ronaldo Lampi dando um perdido no Trancoso dos tempos gloriosos com recortes de liberdade, fora da temporada e aliviado da caravana dos turistas abestados, que aportavam em busca da idílica visão de mulheres peladas esparramadas na areia escaldante do mágico sul da Bahia.

A saudosa Manoelita Lustosa foi um icone das artes no Vale do Aço, que não mereceu créditos das imbecilizadas autoridades da região forjadas pelas milícias digitais nas redes sociais.”

Paulo

20 de março, 2024 | 13:13

“Timóteo já teve grandes nomes da cultura que por falta de incentivo financeiro não desenvolveram grandes projetos, temos o Gil, a Rita knup e Ronaldo Lampi que não sei por onde anda. Eram grandes promessas, mas que ótimo ver gente desenvolvendo esta arte novamente. Parabéns Elizel e equipe. Cultura é tudo!!”

Luiz Dias da Costa

20 de março, 2024 | 11:02

“felicitaciones para ter realizado este protejo cuando estive pronto gustaría de de ver cenas deste filme re alizado por equipe do vale do aco.
sou de coroel fabriciao eestou fora do brasil por 45 anos,na minha epoca ai fiz teatro na casa da cultura do saudoso dr carlo vieira.
e desde santiago de chile les desejo o melhor das sortes
grande abraco
luiz dias da costa
santiago chile”

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